Taxa de mortalidade por Acidente Vascular Encefálico hemorrágico e isquêmico no município de Campos dos Goytacazes/RJ no período 2024

Autores

  • Brenda Daiane de Paula Lopes Faculdade de Medicina de Campos – FMC, Campos dos Goytacazes, RJ- Brasil
  • Thátila Alícia Gonçalves Malta Faculdade de Medicina de Campos – FMC, Campos dos Goytacazes, RJ- Brasil
  • Paulo Gustavo Araújo *in memoriam

DOI:

https://doi.org/10.29184/anaisscfmc.v32024p32

Palavras-chave:

AVE, Hemorragia cerebral, Isquemia cerebral

Resumo

O Acidente Vascular Encefálico (AVE) é definido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como  um distúrbio focal  das funções encefálicas, de instalação rápida com duração superior a 24 horas ou que levam ao óbito, sem outra causa aparente para o quadro além da vascular. O AVE pode ser do tipo AVE isquêmico (AVEi) devido a uma obstrução dos vasos sanguíneos ou do tipo hemorrágico causado pela ruptura desses vasos. O AVE hemorrágico (AVEh)  pode ser subdividido em dois tipos principais: hemorragia intraparenquimatosa (HIP) e hemorragia subaracnóidea (HSA). Esse projeto visa determinar a taxa de mortalidade por AVEh e AVEi atendidos em um hospital público de referência, no Norte Fluminense, durante o período de um ano. Trata-se de um estudo transversal, do tipo analítico, aprovado pelo CEP: CAAE 75617823.8.0000.5244 , que utiliza como critério de inclusão 52 pacientes os quais foram acometidos por AVE no período de  janeiro/2024 até dezembro/2024. Os dados estão sendo coletados através de formulários impressos e atualizados na base de dados desse hospital. Os resultados do estudo indicam que um total de 13(25%) pacientes faleceram durante o período analisado, dos quais 9(17,3%) foram devido ao AVEh, e 3(5,7%) por AVEi. O número de pacientes acometidos por AVEh foi de 27(51,1%) e por AVEi 25(48,1%). Apenas 1(4%) dos pacientes que tiveram AVEi realizou trombólise. A média de idade foi de 66 anos, com desvio padrão: 13,14; sendo 21(40,4%) do sexo feminino e 31(59,6%) do sexo masculino, cor não especificada 38(73,1%), branca 10(19,2%) preta 3(5,7%) e amarela 1(2%). As comorbidades mais prevalentes foram hipertensão 43(82,7%) diabetes 20(38,4%) e dislipidemia 11(21,1%). As etiologias foram: doenças de pequenos vasos 18(34,6%), criptogênico 14(26,9%), aterosclerose de grandes artérias 9(17,3%), 1(2%) cardioembolismo, AVE de outra etiologia determinada 10(19,2%). Observou-se uma taxa de mortalidade superior para o AVEh em relação ao AVEi, com maior impacto entre indivíduos do sexo masculino, reforçando a necessidade do estudo para melhorias na saúde desta população. Com base nos dados obtidos até o momento, é evidente que a avaliação das taxas de mortalidade por AVEi e AVEh desempenha um papel crucial na identificação das características predominantes dos pacientes afetados, bem como dos principais sinais e comorbidades associadas.

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Publicado

2024-10-17