Prevalência de uso e perfil dos estudantes universitários que consomem metilfenidato em uma instituição de ensino superior
DOI:
https://doi.org/10.29184/anaisscfmc.v12022p11Palavras-chave:
Cloridrato de metilfeindato, Uso não prescrito, Automedicação, Universitários, PrevalênciaResumo
O metilfenidato vem sendo utilizado com a finalidade de melhorar o rendimento nos estudos. O objetivo deste trabalho foi avaliar a prevalência de uso e o perfil dos estudantes que consomem metilfenidato em uma instituição de ensino superior. Trata-se de um estudo observacional transversal, realizado na Faculdade de Medicina de Campos- FMC, com questionário online aplicado aos alunos dos cursos de graduação em farmácia e medicina. Os dados foram avaliados e apresentados em gráficos e tabelas, considerando as variáveis significativas, sendo que 368 atenderam ao critério de inclusão da pesquisa. A prevalência de uso foi de 29,3%, com o seguinte perfil: faixa etária prevalente 23 a 25 anos (35,2%), sexo feminino (62%), curso medicina (69,4%), período 7º (14,8%), a maioria se sente pressionado a ter um bom desempenho para ter reconhecimento social (89,8%), 79,6% declararam que o período de avaliações é período de uso, 80,6% que motivo é para melhorar o rendimento dos estudos. Quanto a forma de aquisição: 65,7% sem prescrição médica, 46,3% obtido com amigo/conhecido. Sobre conhecimento do medicamento: 94,4% sabem que se trata de um medicamento de controle especial e 99,1% conhecem suas indicações clinicas. Em relação aos efeitos adversos: 75,9% não apresentaram reação adversa durante o uso, sendo que os que relataram, em sua maioria, foi taquicardia/agitação. A prevalência de uso do cloridrato de metilfenidato em cerca de um terço dos estudantes universitários como forma de obter melhora no rendimento dos estudos no curso superior é relevante dentro de uma perspectiva de saúde pública. O perfil avaliado desses usuários revela serem estudantes que se importam com o reconhecimento social, portanto buscam o medicamento como forma de solução para um melhor desempenho, fazendo uso, principalmente, nos períodos de avaliações, sem prescrição médica e obtidos com amigos, algumas vezes em sites. Mesmo com poucos relatos da presença de reações adversas, como taquicardia/agitação durante o uso do cloridrato de metilfenidato, o número revelado na pesquisa deve ser considerado, mostrando uma necessidade de orientação aos futuros profissionais de saúde, de forma a conscientiza-los sobre os riscos da utilização indiscriminada do medicamento. Sugere-se a criação de medidas preventivas em relação ao uso abusivo, o oferecimento de apoio psicológico para os estudantes que já utilizam o medicamento sem prescrição médica, além de campanhas de conscientização para os estudantes de medicina e farmácia, abordando a responsabilidade de uma prescrição e uma dispensação correta, adequada que seja baseada na ética de ambas as profissões.
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