Os aspectos que corroboram para o aumento do número de casos de doenças cardiovasculares na atenção primária em Campos dos Goytacazes
DOI:
https://doi.org/10.29184/anaisscfmc.v12022p22Palavras-chave:
Doenças cardiovasculares, Atenção Primária à saúde, Comorbidades, Fatores de RiscoResumo
Introdução: Na perspectiva das doenças cardiovasculares (DCV) um cuidado de qualidade exercido pela atenção primária visa não só a prescrição de medicamentos, mas também a melhoria da qualidade de vida do paciente, a fim de evitar o desenvolvimento dos fatores de risco. A doença crônica mais evidenciada atualmente em idosos é a hipertensão arterial, que pode causar insuficiência cardíaca, insuficiência renal e doença vascular de extremidades. Vale ressaltar a importância de investigar e da busca da prevenção das DCV, já que elas formam o grupo de doenças crônicas mais frequentes e acarretam o desenvolvimento de outras doenças. Objetivos: Analisar a ocorrência de doenças cardiovasculares entre os pacientes atendidos na Unidade Básica de Saúde Custodópolis e a ação da unidade em relação a esse cenário. Métodos: Esse estudo possui uma amostragem de 100 pacientes, foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa Envolvendo Seres Humanos e a inclusão neste projeto foi voluntária por meio de assinatura de Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Resultados e discussão: Diante a aplicação dos formulários 44,6% dos entrevistados possuem doenças cardiovasculares e dentre eles 67,3% não descobriram tais doenças precocemente. Cerca de 46,5% dos participantes possuem mais de 60 anos e 42,6% entre 30 e 60 anos, estando de acordo com a literatura. Ademais, 52,5% possuem diagnóstico de Diabetes Mellitus (DM), 58,4% de Hipertensão Arterial (HA) e 45,5% de Dislipidemia, o que vai de encontro com as estatísticas já existentes. De acordo com os pacientes que possuem comorbidades, 67,3% relataram usar a medicação regularmente para controle e tratamento delas. Ressalta-se que 25,7% relataram ingerir bebida alcoólica e 14,9% são tabagistas. 46,5% apresentaram ter uma alimentação não balanceada. Entretanto, 75,2% disseram ir ao médico regularmente, evidenciando a ação da Unidade Básica de Saúde de Custodópolis. Conforme estudos pré-existentes, os fatores de risco em relação a DCV são tabagismo, dislipidemia, hipertensão arterial, diabetes mellitus, sedentarismo, uma dieta pobre em vegetais e frutas, uso de álcool, idade acima de 45 anos para homens e 55 anos para mulheres, entre outros. Dentre esses fatores de risco, o sedentarismo costuma ser o mais prevalente nos pacientes acometidos pelas DCV e isso vai de encontro ao resultado obtido nos formulários, onde 64,4% relataram não praticar atividade física. Além disso, a maior parte dos participantes da pesquisa possuem HA e DM já diagnosticados, indo de encontro aos estudos que abordam a relação entre essas patologias e as doenças cardiovasculares. Por fim, percebe-se a grande relação entre os fatores de risco abordados em teoria nos estudos existentes e na prática nos pacientes atendidos em Custodópolis. Conclusão: Destaca-se a importância das medidas educativas a fim de orientar a comunidade sobre mudanças nos hábitos de vida, ligados à alimentação, prática de atividade física e comorbidades, uma vez que o mesmo encontra-se diretamente atrelado ao desfecho vivenciado por muitos pacientes na atenção primária de saúde. Assim, a atenção básica mostra-se como peça fundamental na consolidação e promoção de saúde entre comunidade e políticas públicas.
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