Saúde ocular de crianças em fase escolar durante o período de pandemia do COVID-19
DOI:
https://doi.org/10.29184/anaisscfmc.v12022p29Palavras-chave:
Saúde ocular, Isolamento social, COVID-19, Telas, CriançasResumo
Introdução: A miopia é um grande problema de saúde mundial. Nos últimos anos, a redução do tempo gasto em atividades ao ar livre tem sido reconhecida como um importante fator de risco para o desenvolvimento da doença. A duração e a intensidade do uso de telas digitais, também sugere associação a este desenvolvimento. Com a pandemia do COVID-19, o isolamento social foi adotado, disponibilizando de aulas on-line nas escolas, que podem ter contribuído também neste aspecto. A acessibilidade à consulta oftalmológica foi prejudicada, dificultando a detecção de problemas oculares e prejudicando o desenvolvimento educacional dessas crianças. Objetivos: Realizar, em conjunto com médicos oftalmologistas, uma pesquisa em escolas municipais de Campos dos Goytacazes, a fim de entender o surgimento de problemas oculares durante o período de pandemia e promover a disseminação de informações sobre os cuidados oculares durante a infância. Métodos: Essa é uma pesquisa observacional, do tipo transversal, iniciada após a aprovação pelo Comitê de Ética da Faculdade de Medicina de Campos, que tem como corte temporal, fevereiro de 2022 a dezembro de 2022 e avalia a saúde ocular das crianças através da acuidade visual (escala de Snellen), dos exames de motilidade ocular e fundoscopia. Também estão sendo coletadas informações como idade, sexo, sintomatologia ocular geral e exposição as telas, através de um questionário físico, após autorização dos pais. Os alunos com AV < 20/30 ou com alguma alteração nos exames realizados serão direcionadas ao Hospital Escola Álvaro Alvim. Resultados e discussão: Foram avaliados, até o mês de agosto de 2022, 68 alunos de uma escola do município, 27 do sexo masculino e 36 do feminino. Ao exame, 12 escolares apresentaram baixa acuidade visual, ou seja, aproximadamente 17%. Desses 12, 6 são do sexo feminino e 6 do sexo masculino, 8 apresentaram deficiência na acuidade, 3 na acuidade e na fundoscopia e 1 na fundoscopia apenas. Além disso, todas as crianças referiram uso de telas em mais de um turno. Assim, estes alunos estão sendo encaminhados ao ambulatório de oftalmologia do HEAA a fim de realização do exame oftalmológico completo. Conclusão: O rastreio precoce concomitante à redução do tempo de exposição às telas e ao aumento de exposição à luz solar, motivada por práticas ao ar livre, podem reduzir o avanço dos problemas oculares, e contribuir para o desenvolvimento educacional e social dessas crianças. Além disso, o trabalho também servirá como análise para implementação de políticas públicas voltadas para saúde ocular no município de Campos.
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Copyright (c) 2022 Ricardo Guerra , Ester Martins, Paloma Pereira , Gustavo Barbosa

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