Análise do perfil clínico e epidemiológico de pacientes com tumor cerebral primário de alto grau em Campos dos Goytacazes
DOI:
https://doi.org/10.29184/anaisscfmc.v22023p17Palavras-chave:
Epidemiologia, Glioma, Neoplasias CerebraisResumo
Introdução: Os tumores cerebrais primários de alto grau são comumente encontrados na idade adulta, representando cerca de 1,49% de todas as neoplasias, sendo sua maior prevalência entre 74 a 85 anos de idade, majoritariamente no sexo masculino. A média de sobrevida mundial varia entre 13 a 19 meses, consistindo uma questão de saúde pública de grande valia em todo o território nacional. Objetivos: Analisar o perfil clínico e epidemiológico de pacientes diagnosticados com tumor cerebral primário de alto grau submetidos a procedimentos cirúrgicos na cidade de Campos dos Goytacazes-RJ. Metodologia: Trata-se de um estudo epidemiológico transversal, realizado na cidade de Campos dos Goytacazes, a partir da análise de prontuários médicos de pacientes com quadros de glioma de alto grau submetidos a abordagem neurocirúrgica no Hospital Escola Álvaro Alvim (HEAA), no período de janeiro de 2017 e abril de 2023, usando como definição a confirmação do diagnóstico histopatológico de glioma de alto grau. Os critérios de inclusão foram: Idade superior a 18 anos, submetidos a tratamento cirúrgico de ressecção total ou biopsia das lesões cerebrais, operados nesse serviço. Foram excluídos prontuários de pacientes com metástases cerebrais e lesões benignas. Resultados: Na nossa série foram avaliados 75 prontuários de pacientes que foram submetidos à cirurgia cerebral, sendo 15 pacientes diagnosticados com glioma de alto grau, havendo um predomínio de 53,3% do sexo masculino, enquanto houve 46,7% de incidência do sexo feminino e, estes apresentaram sobrevida média de 9 meses e idade média de 66 anos no momento da abordagem cirúrgica. Discussão: A literatura descreve um predomínio do sexo masculino, assim como os dados obtidos no presente estudo. Este identificou uma idade média do diagnostico em torno de 66 anos, semelhante a encontrada nos dados bibliográficos, que descrevem idade de 64 anos. A sobrevida observada foi em torno de 9 meses, sendo abaixo da média mundial, na qual associamos ao diagnostico tardio com poucas possibilidades de tratamento complementar e a menor sobrevida, posto isto, apenas 3 pacientes foram submetidos ao tratamento complementar (1 paciente realizou quimioterapia e radioterapia, 1 somente a radioterapia e 1 somente a quimioterapia). Conclusão: Os dados encontrados corroboram em sua maioria com os dados obtidos a partir da análise bibliográfica. A redução da sobrevida encontrada nesta análise sugere a associação com diagnóstico tardio, frisando a necessidade de políticas públicas em saúde efetivas, visando o diagnóstico precoce e, consequentemente, qualidade de vida aos pacientes acometidos por essas lesões.
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Copyright (c) 2023 Maria Luiza Faria Emmanuel, Maria Tavares Pereira Monteiro, Phatryck Lhoran Pinheiro Ferreira, Ramon Gonçalves Romano Cruz Ribeiro

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