Alterações Auditivas:
impacto na cognição e memória
DOI:
https://doi.org/10.29184/anaisscfmc.v22023p23Palavras-chave:
Memória, Exame Cognitivo, Perda AuditivaResumo
A capacidade de aprendizado do ser humano é diretamente influenciada pelos principais sentidos como visão, audição, paladar, olfato e tato, pois são através deles que obtêm-se informações do mundo externo, as quais são transformadas em moléculas que serão processadas pelo córtex cerebral. O sistema de audição e equilíbrio é um importante componente presente no corpo humano que atua na comunicação, socialização e aprendizado. (Harvey, 2019). As ondas sonoras ao atingirem o tímpano, fazem-no vibrar, estimulando liberação de potências evocados, potenciais elétricos que serão propagados até o córtex, onde haverá percepção e interpretação do conteúdo ouvido. A percepção auditiva, assim como processo de fala é essencial para linguagem, manuseamento de dos recursos cognitivos e interação social. Desse modo, a alteração auditiva, prejudica comunicação, propriocepção e consequentemente o aprendizado, que por sua vez está relacionado com os vários tipos de memória e o processo de transdução dos sentidos na consolidação da memória. O presente estudo possui intuito de analisar o impacto das alterações auditivas demarcadas na audiometria nas funções cognitivas e consolidação de memória nos pacientes atendidos no Hospital Plantadores de Cana, Sociedade Portuguesa Beneficência de Campos e Clinica Otocampos no primeiro semestre de 2023. O estudo, de delineamento transversal e descritivo, foi realizado no Hospital Plantadores de Cana (HPC), Sociedade Portuguesa Beneficência de Campos e Clinica Otocampos, no município de Campos dos Goytacazes, com aplicação de instrumentos de avaliação cognitiva, Montreal Cognitive Assessment (MOCA) e Digit Symbol Substitution Test (DSST) no período de 25 de abril de 2023 a 12 de julho de 2023, e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Medicina de Campos CAAE 72995717.9.0000.5244, bem como Projeto aprovado no CNPq n° 66201222.5.0000.5244. Foram incluídos na pesquisa pacientes de 18-70 anos atendidos pelo setor de otorrinolaringologia e submetidos a audiometria. Foram excluídos aqueles que não preencheram por completo os questionários ou que optaram por não participar do estudo. As análises das variáveis sociodemográficas e clínico-patológicas foram realizadas através de proporções e médias, utilizando gráficos e tabelas, com auxílio de programa estatístico. Diante a aplicação dos testes cognitivos e correlação com resultados audiométricos, 83,3% possuem queixas auditivas, 53,33% alterações na audiometria e 63,3% no teste MOCA., sendo mais prevalente em mulheres. O resultado alterado de MOCA não foi associado estatisticamente com a audiometria alterada (OR: 1,71; IC95% 0,34-8,68; p= 0,51). Porém, a média do MOCA é menor nos pacientes com audiometria alterada (Media) comparado com o grupo com audiometria normal (media) (p< 0,021829). Sendo necessário, mais estudos sobre essa correla- ção. A distribuição das variáveis foi analisada por histograma e teste de Normalidade Shapiro-Wilk, resultando em p-value de 0,7013. Para a comparação entre as amostras independentes, foi utilizado o teste t de Student para as variáveis contínuas com distribuição normal. Portanto, o estudo mostra que os pacientes com audiometria alterada possuiam menor pontuação nos testes cognitivos do que os pacientes com exame normal. No entanto, diante do número amostral limitado, é necessário maior investigação sobre essa possível correlação entre perda auditiva e disfunção cognitiva.
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