Neuromielite Óptica (Doença de Devic): Relato de Caso e Revisão dos Critérios Diagnósticos

Autores

  • Vanderson Carvalho Neri Hospital Universitário Gaffrée-Guinle/Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro e do Hospital da Lagoa
  • Tatiane Vieira Dias Mendonça Universitário Gaffrée-Guinle/Universidade Federal do estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro/RJ.
  • Regina Maria Papais Alvarenga Hospital Universitário Gaffrée-Guinle/Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro e do Serviço de Neurologia do Hospital da Lagoa, Rio de Janeiro/RJ.

DOI:

https://doi.org/10.29184/1980-7813.rcfmc.123.vol.5.n1.2010

Palavras-chave:

Neuromielite óptica, diagnóstico, diagnóstico diferencial

Resumo

Introdução: Neuromielite Óptica (NMO) é uma doença inflamatória, desmielinizante, imunomediada e necrotizante do Sistema Nervoso Central (SNC) clinicamente caracterizada pelo envolvimento do nervo óptico e da medula espinhal. Objetivo: Relatar um caso de NMO e discutir os critérios diagnósticos para essa enfermidade. Método: Revisão de prontuário médico e revisão da literatura. Relato do Caso: Paciente diabética, Afro-brasileira, em 1996, aos 10 anos, apresentou queda da própria altura, evoluindo com paraplegia e arreflexia, apresentando-se 24 horas após com tetraplegia flácida e insuficiência respiratória, necessitando de assistência ventilatória.Em 1998 apresentou perda visual bilateral, com remissão espontânea. No mês seguinte apresentou episódio semelhante, e realizou Ressonância Magnética (RM) de crânio, que foi normal exceto por lesão em nervo óptico. Em 1999, apresentou novo episódio de paraplegia súbita. Novos surtos de neurite óptica bilateral se sucederam nos meses seguintes. Recebeu após os surtos, pulsoterapia com metilprednisolona (EV), obtendo melhora parcial. Exames de imagem demonstraram lesões inflamadas em nervo óptico bilateralmente e na medula cervical. A paciente recuperou os déficits motores, mas permaneceu com comprometimento da acuidade visual. Conclusão: Os novos critérios de NMO segundo Wingerchuk 2006, apóiam-se em dados de RM indicando normalidade do crânio e extensas lesões na medula espinhal. A evolução desse caso assemelha-se aos descritos na literatura pela grave disfunção visual bilateral e múltiplos eventos restritos a medula espinhal e nervo óptico.

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Biografia do Autor

Vanderson Carvalho Neri, Hospital Universitário Gaffrée-Guinle/Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro e do Hospital da Lagoa

Médico do Serviço de Neurologia do Hospital Universitário Gaffrée-Guinle/Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro e do Hospital da Lagoa/Ambulatório de Doenças Desmielinizantes, Rio de Janeiro/RJ.

Tatiane Vieira Dias Mendonça, Universitário Gaffrée-Guinle/Universidade Federal do estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro/RJ.

Médica do Serviço de Neurologia do Hospital Universitário Gaffrée-Guinle/Universidade Federal do estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro/RJ.

Regina Maria Papais Alvarenga, Hospital Universitário Gaffrée-Guinle/Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro e do Serviço de Neurologia do Hospital da Lagoa, Rio de Janeiro/RJ.

Professora Coordenadora do Serviço de Neurologia do Hospital Universitário Gaffrée-Guinle/Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro e do Serviço de Neurologia do Hospital da Lagoa, Rio de Janeiro/RJ.

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Publicado

2010-06-01

Como Citar

Neri, V. C., Dias Mendonça, T. V., & Alvarenga, R. M. P. (2010). Neuromielite Óptica (Doença de Devic): Relato de Caso e Revisão dos Critérios Diagnósticos. Revista Científica Da Faculdade De Medicina De Campos, 5(1), 15–24. https://doi.org/10.29184/1980-7813.rcfmc.123.vol.5.n1.2010

Edição

Seção

Relatos de Caso