SÍNDROME HELLP ATÍPICA: RELATO DE CASO
DOI:
https://doi.org/10.29184/1980-7813.rcfmc.52.vol.12.n1.2017Palavras-chave:
Emergências, Obstetrícia, Síndrome HELLPResumo
Introdução: O acrônimo HELLP descrito em 19821 é uma síndrome que cursa com hemólise (H), aumento das enzimas hepáticas (EL) e plaquetopenia (LP) em uma paciente com pré-eclâmpsia ou eclâmpsia2. Ela pode ser completa ou incompleta, possuindo critérios diagnósticos para tal3. Os sinais e as manifestações clínicas mais frequentes são: proteinúria, hipertensão, dor epigástrica, náuseas e cefaleia2. É mais frequente no terceiro trimestre, mas pode ocorrer também no segundo trimestre e no pós-parto 2. Objetivos: Relatar um caso incomum de uma paciente com síndrome HELLP precoce. Métodos: Estudo descritivo e documental baseado na coleta de dados clínicos e laboratoriais, além de revisão de literatura nas bases de dados eletrônicos. Relato de caso: Gestante, 29 anos, negra, multípara, procurou serviço de emergência obstétrica com queixa de dor epigástrica e desconforto abdominal em quadrante superior direito, além de náusea e vômitos. Foram encontrados níveis reduzidos de plaquetas e níveis elevados de AST e ALT. A paciente foi internada. Após apresentar quadro de epistaxe, foi encaminhada para maternidade de referência para gestação de alto risco, onde apresentou quadro agudo de hipertensão arterial. O conjunto de sinais e sintomas orientaram o diagnóstico de Síndrome HELLP, sendo realizada cesariana. Durante o procedimento, a paciente apresentou hemorragia de difícil controle, sendo realizada uma medida terapêutica incomum para a reversão do quadro, que se baseou na utilização de ácido tranexâmico em bolus. A puérpera foi mantida em observação na UTI, depois liberada para a enfermaria e, após alguns dias, recebeu alta hospitalar. Discussão: O quadro apresentou-se de maneira muito precoce e atípica, o que poderia ter piorado o quadro clínico da paciente, caso não tivesse sido diagnosticado a tempo, além disso a conduta terapêutica alternativa utilizada para a reversão da hemorragia descontrolada foi de suma importância. Conclusão: A síndrome HELLP é uma importante complicação obstétrica, que deve ser sistematicamente investigada na presença de sinais e sintomas que possam sugerir a sua ocorrência, visando assim melhorar o prognóstico da paciente e, quando possível, do feto. Além disso, utilização do ácido tranexâmico em bolus nesses casos complicados é uma conduta que pode ser adotada para a reversão do quadro hemorrágico 4, portanto gestantes com queixa de dor epigástrica e/ou em quadrante superior abdominal devem ser investigadas sistematicamente 5.
Palavras-chave: Emergências; Obstetrícia; Síndrome HELLP;
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Copyright (c) 2017 Thiago Tavares Bernardo, Kárita Morrana de Lima Nunes, Kelli da Silva Gonçalves, Ana Carolina Cesário Machado, Jessika Arguelo Martins, Sumara Vargas Hubner Valinho, Kathelyn Ferreira Cordeiro

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