Excesso de peso negligenciado por pacientes e profissionais de saúde
distanciamento entre o que é preconizado pelas diretrizes e realizado em centros assistenciais
DOI:
https://doi.org/10.29184/1980-7813.rcfmc.549.vol.17.n1.2022Palavras-chave:
Obesidade; Percepção corporal; Obesidade negligenciada.Resumo
Indivíduos que subestimam seu peso real tendem a ter comportamentos de menor cuidado com a saúde, bem como procurar assistência especializada com menor frequência. Profissionais de saúde desempenham importante papel no manejo da obesidade, pois a aferição do peso corporal permite identificar e tratar pessoas com peso inadequado, que nem sempre se reconhecem como tal. Do total de 325 participantes, 57,5% apresentava excesso de peso corporal, e 48,3% dos errou a autoavaliação do peso. Sexo feminino (p 0,037), hábito de pesar-se com maior frequência fora da consulta (p 0,001) e histórico de ter sido previamente pesado em consulta médica (p 0,015), recebido dieta supervisionada por profissional especializado (p 0,02) ou tratamento farmacológico antiobesidade prévio (p 0,046) se correlacionaram com maior chance de acertar a autoavaliação do peso. Por outro lado, 34,8% dos participantes relataram nunca terem sido pesados em consultas médicas ambulatoriais, somente 54,6% dos pacientes com excesso de peso foi encaminhado para acompanhamento especializado, e 24% dos pacientes com obesidade recebeu a prescrição de medicamentos. Não obstante, 33,2% daqueles com excesso de peso subestimou seu real peso corporal. Nossos resultados confirmam a necessidade de adoção de medidas para aumentar a percepção da obesidade como problema de saúde pública, tanto por parte de pacientes, quanto por profissionais de saúde.
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