Amiloidose e Insuficiência Cardíaca com fração de ejeção preservada, uma associação mais comum do que as descrições epidemiológicas atuais: Relato de Caso
DOI:
https://doi.org/10.29184/1980-7813.rcfmc.555.vol.16.n2.2021Palavras-chave:
Insuficiência Cardíaca, Amiloidose, Cardiomiopatia RestritivaResumo
Introdução: A amiloidose é uma doença caracterizada pelo depósito de fibrilas amiloides. Ao se depositarem no coração podem ocasionar distúrbio da condução, cardiomiopatia restritiva, disfunção diastólica, baixo débito e insuficiência cardíaca de fração de ejeção preservada (ICFEP), principalmente relacionada a transtirretina (TTR). Descrição do caso: Homem de 70 anos, hipertenso, diabético e dislipidêmico procurou o cardiologista queixando-se de dispneia aos pequenos esforços, hiporexia, adinamia e edema em membros inferiores, com turgência jugular a 45º e hiperfonese de segunda bulha na ausculta cardíaca. Iniciada a propedêutica complementar para melhor elucidação da etiologia da insuficiência cardíaca com eletrocardiograma em repouso evidenciando baixa voltagem, peptídeo natriurético do tipo B no valor de 3920 pg/ml, ecocardiograma com aumento biatrial, hipertrofia concêntrica do ventrículo esquerdo, função sistólica global do ventrículo esquerdo preservada com fração de ejeção de 65%, septo hipertrófico e dee aspecto infiltrativo heterogêneo e hiperrefringente. Devido à suspeita de amiloidose foi realizada investigação com ressonância magnética cardíaca, que demonstrou realce tardio subendocárdio característico da patologia e posteriormente teste genético para amiloidose de origem familiar associada a variantes no gene da TTR, confirmando o diagnóstico. Conclusão: A amiloidose cardíaca é uma patologia descrita como rara, porém com inúmeros casos subdiagnosticados. Condições antes atribuídas ao envelhecimento normal provavelmente são decorrentes de depósito amiloide cardíaco, levando à ICFEP. A existência de métodos diagnósticos menos invasivos, principalmente com dissociação entre ecocardiograma e eletrocardiograma, corroboram para o diagnóstico precoce, plano de tratamento e melhora do prognóstico, modificando a história natural da doença, evitando a deposição de fibrilas nos tecidos.
Downloads
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Mateus Oliveira Potratz, Caio Guimarães Araújo, Rebeca Silva Moreira da Fraga, Rodolfo Costa Sylvestre, Osmar Araújo Calil

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob uma Licença Creative Commons, que permite o compartilhamento do trabalho com o devido reconhecimento da autoria e da publicação inicial nesta revista;
- Os autores podem firmar acordos contratuais adicionais e separados para a distribuição não exclusiva da versão publicada do trabalho nesta revista (por exemplo, depositá-la em um repositório institucional ou publicá-la em um livro), com reconhecimento da publicação inicial nesta revista;
- Os autores têm permissão e são incentivados a disponibilizar seu trabalho online (por exemplo, em repositórios institucionais ou em seu site pessoal) antes e durante o processo de submissão, pois isso pode promover trocas produtivas, bem como aumentar a visibilidade e a citação antecipada do trabalho publicado (Confira mais sobre esse tema em The Effect of Open Access).








