Perfil epidemiológico de crianças e adolescentes diagnosticados com tuberculose no Centro de Referência Augusto Guimarães no período de 2008 a 2012
DOI:
https://doi.org/10.29184/1980-7813.rcfmc.56.vol.9.n1.2014Resumo
A tuberculose é uma doença com incidência elevada no Brasil, reconhecida, particularmente em Campos (RJ), como problema de saúde pública. Os dados epidemiológicos da tuberculose na criança e no adolescente são escassos gerando dificuldades diagnósticas. A doença nas crianças é paucibacilífera e, a obtenção do escarro é difícil. A tuberculose em adolescentes é comparada didaticamente com a doença nas crianças, mas são encontradas formas da doença semelhantes às encontradas em adultos bacilíferos. Objetivo: Verificar o perfil epidemiológico da tuberculose na infância e na adolescência, em Campos (RJ). Métodos: Estudo do tipo documental analisou as folhas de registro de 108 crianças e adolescentes, de 0 a 19 anos, diagnosticadas com tuberculose no Centro de Referência Augusto Guimarães, no período de 2008 a 2012. Variáveis: portadores de tuberculose, idade, sexo, BAAR, PPD, radiografia de tórax, forma clínica, número de contatos e tipo de entrada. Os dados foram retirados do livro de registro disponibilizado pela unidade de saúde, analisados estatisticamente e apresentados através de gráficos. Este estudo atendeu a Resolução nº 196/ 1996 do CNS relativa à pesquisa com humanos sendo aprovada com o parecer nº 189.817 e 253.128. Resultados: Dos 108 casos de tuberculose, 73% eram adolescentes (10 a 19 anos). Predominou o sexo masculino com 63%; 54% dos adolescentes apresentaram BAAR positivo e 76% das crianças mostraram-se reatoras ao PPD. O padrão radiográfico sugestivo predominou em 94% dos casos e a forma clínica pulmonar com 83%. Em 24% dos casos os contactantes foram ignorados e 93% apresentaram-se como caso novo. Conclusão: O perfil epidemiológico encontrado foi de adolescentes entre 10 a 19 anos; houve predominância do sexo masculino, forma clínica pulmonar e padrão sugestivo na radiografia de tórax. A busca ativa por contactantes deve ser encarada como medida preventiva importante no controle da tuberculose; incentiva o comparecimento dos doentes à unidade de saúde para exame e tratamento, favorece o diagnóstico em fase inicial e interfere na redução da incidência e morbimortalidade de crianças e adolescentes por tuberculose. Descritores: Perfil epidemiológico da Tuberculose.
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Copyright (c) 2017 Larissa Crespo Crispim, Annelise Maria de Oliveira Wilken de Abreu.

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