Dapagliflozina no tratamento da insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida

relato de caso

Autores

  • Marcia Azevedo Caldas Faculdade de Medicina de Campos (FMC)
  • Gabriel Barreto Perez Faculdade de Medicina de Campos (FMC)
  • Liliane Ferreira Alexandre Faculdade de Medicina de Campos (FMC)
  • Marya Alice Sardinha Figueiredo Faculdade de Medicina de Campos (FMC)

DOI:

https://doi.org/10.29184/1980-7813.rcfmc.586.vol.17.n2.2022

Palavras-chave:

Dapagliflozina, Doença rena crônica, Insuficiência cardíaca

Resumo

A Insuficiência cardíaca (IC) é via final comum de várias cardiopatias, com grande impacto socioeconômico no Brasil e no mundo. O objetivo do presente trabalho é relatar a melhora clínica da associação da dapaglifozina ao esquema terapêutico tradicional de paciente com IC
com fração de ejeção reduzida (ICFEr) de difícil controle clínico durante internação hospitalar. Trata-se de um relato de caso de Mulher, 63 anos, hipertensa, diabética, portadora de doença renal crônica, doença arterial coronária e periférica, internada com IC classe funcional
IV (NYHA) - dispneia aos mínimos esforços, ortopneia, dispneia paroxística noturna e edema de membros inferiores. Na admissão apresentava PA 130x80mmHg, RCR 3t (B3), FC 89bpm, sopro sistólico mitral +2/6, crepitações bibasais pulmonares. Os achados ecocardiográficos
mostraram disfunção sistólica do VE de grau importante devido à hipocinesia difusa com FE de 18%. Durante a internação, apesar da otimização terapêutica, a paciente não apresentava melhora de classe funcional, havendo, em alguns momentos, necessidade de redução de dose de diuréticos e vasodilatadores por conta da deterioração da função renal. Foi associado Dapagliflozina 10 mg ao esquema terapêutico e realizado ajuste diário das demais medicações. Os dias que seguiram foram marcados por melhora clínica dos sintomas, recebendo alta no 23º dia de internação em classe funcional II. O controle clínico da ICFEr, apesar de todo o arsenal terapêutico disponível, ainda é um desafio para muitos especialistas com grande experiência. A evolução clínica da paciente em questão vem ao encontro dos principais achados descritos nos estudos DAPAHF e DAPA-CKD, que demonstraram menor risco de agravamento da IC ou morte por causas cardiovasculares e redução do risco de agravamento da função renal e de morte por causa renal ou cardiovascular respectivamente. Ao utilizar a Dapagliflozina, a paciente apresentou melhora clínica, após tentativas fracassadas de tratamentos com fármacos convencionais.

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Biografia do Autor

Marcia Azevedo Caldas, Faculdade de Medicina de Campos (FMC)

Médica e docente do Hospital Escola Álvaro Alvim – Faculdade de Medicina de Campos (FMC), Doutora em Cardiologia pela Universidade de São Paulo.

Nome/Endereço da Instituição em que o trabalho foi realizado: Faculdade de Medicina de Campos /Hospital Escola Álvaro Alvim - Av. Alberto Torres, 217 - Centro, Campos dos Goytacazes - RJ, 28035-581

Contato do autor: (22) 981259659, [email protected]

Gabriel Barreto Perez, Faculdade de Medicina de Campos (FMC)

Acadêmico do curso de Medicina da Faculdade de Medicina de Campos

Liliane Ferreira Alexandre, Faculdade de Medicina de Campos (FMC)

Acadêmica do Curso de Medicina da Faculdade de Medicina de Campos

Marya Alice Sardinha Figueiredo, Faculdade de Medicina de Campos (FMC)

Acadêmica do Curso de Medicina da Faculdade de Medicina de Campos

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Publicado

2022-12-30

Como Citar

Caldas, M. A., Perez, G. B., Alexandre, L. F., & Figueiredo, M. A. S. (2022). Dapagliflozina no tratamento da insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida: relato de caso. Revista Científica Da Faculdade De Medicina De Campos, 17(2), 60–65. https://doi.org/10.29184/1980-7813.rcfmc.586.vol.17.n2.2022