Baixo índice de eventos tromboembólicos nos pacientes hospitalizados com COVID-19 sob anticoagulação
DOI:
https://doi.org/10.29184/anaisscfmc.v12022p14Palavras-chave:
COVID-19, SARS-CoV-2, tromboembolismo, anticoagulaçãoResumo
A COVID-19 é uma doença causada pelo vírus SARS-CoV-2, e o quadro clínico é semelhante às demais infecções respiratórias virais sendo os sintomas mais comuns: febre, tosse seca, dispneia, mialgia e fadiga. Contudo, os pacientes com COVID-19 podem estar suscetíveis ao desenvolvimento de eventos trombóticos relacionados à excessiva liberação de citocinas inflamatórias e marcadas pelo aumento do Ddímero. É comprovado que esses eventos trombóticos podem evoluir para tromboembolismo pulmonar e morte, portanto o uso de anticoagulação está sendo amplamente discutido dentre as estratégias de tratamento e prevenção. Esse projeto visa determinar a prevalência de eventos trombóticos em pacientes que foram acometidos pela COVID-19, atendidos em um hospital privado no município de Campos dos Goytacazes- RJ durante o período de abril de 2020 até o final de março de 2021. É um estudo transversal, do tipo analítico, aprovado pelo CEP CAAE: 56660222.0.0000.5244, que utilizou como critério de inclusão 109 pacientes que foram acometidos pela COVID-19, receberam doses profiláticas ou plenas de enoxaparina. Dos pacientes incluídos, 43 (39,4%) receberam anticoagulação plena por apresentarem D-dímero acima de 1000 e 66 (60,6%) anticoagulação profilática. No total 10 (9,17%) pacientes faleceram com uma idade média de 57±16 anos, sendoque apenas 5 (50%) apresentavam D-dímero alto e nenhum evoluiu para evento tromboembólico, sendo a causa de óbito relacionada a outras complicações. No total, apenas 3 pacientes receberam o diagnóstico de evento tromboembólico, sendo todos com D-dímero acima de 1000 e o sexo feminino foi o mais prevalente com 2 (67%) dos casos. Foi encontrado um número de eventos trombóticos muito abaixo do esperado, demonstrando a importância do uso profilático de anticoagulante nos pacientes internados pela COVID-19. No hospital em que foi realizada a pesquisa, pacientes com D-dímero maior que 1000 fizeram dose plena de enoxaparina (1mg/kg,12/12 h), e nos pacientes que apresentavam d-dímero menor que 1000 foi feito a dose profilática com enoxaparina (40mg dia). Somente não foi feita a profilaxia com anticoagulante em pacientes que apresentavam contraindicação ao uso, como por exemplo, plaquetopenia, sangramento ativo e hipersensibilidade, sendo esses não contabilizados na pesquisa. Sabendo do potencial tromboembólico da COVID19, o estudo mostra que o uso profilático de anticoagulantes em pacientes internados com COVID-19 pode levar a uma significativa redução de eventos trombóticos, assegurando mais benefícios do que malefícios aos pacientes. Com isso, temos uma maior segurança em prescrever a anticoagulação em processos trombogênicos.
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Copyright (c) 2022 Thátila Alicia Gonçalves Malta, Victória Machado Calil, Giovanna Ressiguier Peixoto, Camila Ziccardi El Kik

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