Prevalência e características clínicas da nefrite lúpica em pacientes do Hospital Escola Álvaro Alvim
DOI:
https://doi.org/10.29184/anaisscfmc.v22023p16Palavras-chave:
Hipertensão, Nefrite, Síndrome NefróticaResumo
Introdução: O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença autoimune do tecido conjuntivo que atinge milhares de indivíduos no mundo. Como manifestação está a nefrite lúpica, com dano renal variável, desde casos leves até desfechos graves. Sexo feminino, jovialidade e raça negra são alguns fatores de maior prevalência nesses pacientes. Objetivos: Analisar a prevalência de nefrite lúpica e as características clínicas dos pacientes atendidos no Hospital Escola Álvaro Alvim (HEAA), no setor ambulatorial de reumatologia da instituição. Métodos: Estudo transversal, retrospectivo e com base em análise de dados de prontuários dos pacientes do HEAA atendidos no período de 2021 a 2023. Inseridos no estudo adultos (maiores de 18 anos) portadores de lúpus. As variáveis incluíam idade, sexo, raça, proteinúria, albumina e hipertensão arterial. Aprovado pelo comitê de ética CAAE 68811622.4.0000.5244. De acordo com o cálculo amostral, serão 105 prontuários para análise. Resultados e discussão: Analisamos até o momento um total de 25 prontuários de pacientes com LES, obtendo-se 4 pacientes com diagnóstico de nefrite lúpica. Um paciente foi excluído da pesquisa por apresentar critério de exclusão (menor de 18 anos). A partir dos achados, a idade média dos indiví- duos foi de 49 anos. Em relação ao sexo, 3 pacientes são do sexo feminino e um do sexo masculino. A raça mais encontrada foi parda, somando um total de 3 pacientes. Hipertensão arterial esteve presente em dois pacientes. Proteinúria, indicador renal importante nesses casos, variou de 433 mg em 24 horas até 5.190 mg em 24 horas. Albumina foi encontrada em 3 pacientes, com valores de 3,79 g/ dl até 4.4 g/dl. Hematúria não foi vista nessa coleta de dados. Biópsia renal foi realizada somente em um indivíduo, com resultado de esclerose glomerular global 1/13 com atrofia tubular focal e fibrose intersticial leve. A dificuldade de biópsias se dá pelo fato de que a análise anatomopatológica precisa ser realizada em outras cidades, já que no momento, não é feita em Campos dos Goytacazes. Acerca do cenário observado até o momento, pode-se inferir a prevalência da nefrite lúpica em mulheres, corroborando com as estatísticas mundiais. Além disso, o predomínio se mostrou em raça parda. A idade dos pacientes também seguiu o padrão esperado, na faixa etária de 20 a 50 anos sendo mais acometida. Observa-se a relação do LES com a nefrite indicando quadros mais graves, além do aumento de comorbidades como dislipidemia e depressão. Outro ponto é o impacto do tratamento da doença, com medicamentos que trazem efeitos colaterais, como a falência ovariana prematura em um dos casos. Importante relatar a dificuldade de acesso aos prontuários para análise e a falta de dados essenciais em alguns casos. Conclusão: O presente estudo avalia a tendência de maior prevalência da nefrite em mulheres pardas. Afirma-se a necessidade de continuar o estudo para a determinação de características inerentes aos lúpicos que facilitem o seu controle e diagnóstico, além de fornecer um painel geral da doença no município de Campos dos Goytacazes.
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Copyright (c) 2023 Sofia Archangelo de Oliveira, Márcia Valéria Azeredo Gomes de Carvalho

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