Os Cuidados paliativos na contribuição da assistência à saúde de pacientes oncológicos
DOI:
https://doi.org/10.29184/anaisscfmc.v32024p40Palavras-chave:
Cuidados paliativos, Câncer, confortoResumo
O câncer é uma doença crônica ameaçadora da vida e os pacientes acometidos pela doença, assim como seus familiares, precisam de um olhar para um cuidado mais amplo. Nesse sentido, os cuidados paliativos (CP) por apresentar uma visão de acolhimento diferenciada, desempenham um papel crucial na minimização do sofrimento, que engloba a dor física, psicológica, social e espiritual. Além disso, os CP visam promover a interação interdisciplinar/transdiciplinar, que promove a eficácia das abordagens com diferentes visões do conhecimento. O Trabalho tem como objetivo proporcionar melhoria da saúde dos pacientes e acolhimento dos cuidadores, através de um maior tempo para o diálogo, identificar sofrimentos e/ou dificuldades não relatados em consultas pregressas com outros profissionais e contribuir para a equipe médica e/ou de enfermagem para futuras condutas. A pesquisa é um estudo clínico observacional e/ou intervencionista, utilizando questionários qualitativos de avaliação com os pacientes oncológicos com metástase e seu principal cuidador, no setor de oncologia do Hospital Escola Álvaro Alvim. Foram entrevistados oito pacientes e oito acompanhantes, sendo dois pacientes do sexo masculino e seis do sexo feminino, sendo nas faixas etárias de 45 a 68 anos. Metade dos pacientes apresentou negação no início da doença. Duas pacientes estavam em intenso sofrimento psicológico e conflitos com seus cônjuges, devido extrema falta de libido e negação de seu próprio corpo após os impactos estéticos alterados pela doença e pelo tratamento. Uma das pacientes relata “que sua vida está em outra etapa, não sente mais prazer na relação sexual, é como se estivesse vendo a vida de outra maneira”. Dois pacientes idosos relataram sofrimento espiritual, visto que “sentia muita falta de ir à igreja”, visto que perdeu a autonomia e sua família não os levam. Todos os pacientes se designaram cristãos, mas também relataram que a religião/espiritualidade foi fundamental para ajudar a lidar com o processo e os impactos do adoecimento, sendo fundamental para o processo de aceitação e força para vencer cada etapa. Dos acompanhantes; quatro se sentem preocupados com a doença do familiar; quatro se sentem tristes e ansiosos e tiveram resistência no início do diagnóstico do familiar. Além disso, sobre a alimentação, seis pacientes disseram que aumentaram o apetite com o início do tratamento com quimioterapia e dois disseram que não tiveram alteração, os acompanhantes relataram a mesma informação, sendo que uma acompanhante afirmou que fez a introdução, sem indicação médica, de suplementos como whey protein e creatina, afirma ter observado mudança considerável na saúde do paciente para enfrentar o tratamento. Diante disso, os pacientes que estão em tratamento com câncer requerem uma atenção maior, pois durante as entrevistas verifica-se uma carência por uma conversa amiga, isso faz com que eles se sintam mais valorizados como pessoa e não como um paciente oncológico. Dessa forma, o intuito do trabalho tem sido também ajudar os pacientes sobre algumas informações. Indubitavelmente, trouxe um conforto para algumas angústias após uma conversa mais prolongada, sem rigor de tempo, compreendendo o lado do paciente e do acompanhante na fase de enfrentamento da doença e dos diferentes impactos em cada individualidade e, assim, proporcionando uma atenção à saúde centrada na pessoa.
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