O WhatsApp como possível ferramenta para favorecer a adesão ao tratamento da tuberculose e hanseníase
DOI:
https://doi.org/10.29184/anaisscfmc.v22023p34Palavras-chave:
Adesão terapêutica, Ensaio clínico, Hanseníase, TuberculoseResumo
Introdução: O abandono do tratamento é uma das objeções para considerar a tuberculose (TB) e a hanseníase sob controle. Portanto, sugere-se que o WhatsApp possa ser uma ferramenta promissora, que venha a auxiliar o paciente em sua terapêutica medicamentosa. Objetivos: Utilizar o WhatsApp em um Centro de Referência no tratamento da TB e hanseníase, localizado em Campos dos Goytacazes/RJ, com o propósito de favorecer a estratégia de adesão do paciente ao tratamento medicamentoso de ambas doenças. Métodos: O estudo foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa pelo número do parecer consubstanciado 4.738.528, sendo este um ensaio clínico randomizado aberto, através do envio de mensagens via WhatsApp para acompanhamento de pacientes em tratamento de TB e hanseníase, agrupados em um braço de intervenção (arm 1) e um braço controle (arm 2), o qual não receberá mensagens. Resultados: O estudo até o momento possui N amostral igual a 40 pacientes em tratamento medicamentoso. A prevalência do uso da rede social no N amostral foi de 82,50% para sim (N= 33) e 21,21% para não (N= 7). A randomização foi aleatória resultando em 65% dos pacientes (N= 26) no arm 1 e 35% dos pacientes (N= 14) no arm 2. Para o grupo de intervenção a frequência de retirada de medicamentos foram 99,07% para sempre e 0,93% para quase nunca. A frequência de interação no Whatsapp foram 70,54% para sempre; 24,11% para algumas vezes; 4,46% para quase nunca e 0,89% para nunca. Foi ainda avaliada a adesão à terapêutica através da pergunta: “Você deixou de tomar os medicamentos algum dia?”. Obteve-se como resultado no arm 1: 93,52% para não e 6,48% para sim. Ainda foi constatado que o arm 2 apresentou 42,86% com o tratamento irregular após o levantamento de dados dos prontuários. Discussão: Apesar do baixo nível socioeconômico observado na maioria dos pacientes do arm 1, uma porcentagem alta tem acesso ao WhatsApp, o que corrobora com o uso da ferramenta como uma probabilidade promissora na adesão ao tratamento. Conclusão: Segundo dados coletados, a afirmativa quanto aos impactos positivos da intervenção tecnólogica ainda encontra-se em estudo.
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Copyright (c) 2023 Ana Beatriz Godinho Louvain, Fernando Miguel Soares Neto, Camila Araújo Galvão de Souza, Alison Chagas Ferreira, Amélia Miranda Gomes Rodrigues

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