Unidade de Terapia Intensiva COVID-19
perfil dos pacientes internados e as possíveis interações medicamentosas apontadas para os medicamentos mais prescritos
DOI:
https://doi.org/10.29184/anaisscfmc.v12022p24Palavras-chave:
Interação medicamentosa, COVID-19, UTI, PoliterapiaResumo
No fim do ano de 2019, o mundo foi surpreendido por um surto viral provocado pelo vírus SARS-CoV-2, causador da COVID-19. Em alguns casos, a COVID-19 evolui com prognóstico insatisfatório, causando síndrome respiratória grave e distúrbios da coagulação, necessitando o paciente de internação em unidade de terapia intensiva (UTI) e uso de politerapia. Nesse contexto, o presente estudo objetiva identificar o perfil dos pacientes internados em UTI COVID de um hospital particular de Campos dos Goytacazes e levantar as possíveis interações medicamentosas relacionadas aos medicamentos mais prevalentes nas prescrições. Trata-se de um estudo observacional transversal retrospectivo, com dados
coletados nos prontuários de pacientes internados, no período de 25 de junho a 25 de agosto de 2021, com as seguintes variáveis: idade, sexo, comorbidade préexistente e medicamentos prescritos. Dos 22 pacientes incluídos no estudo, 54,5% eram do sexo masculino. A idade média dos pacientes era de 71,3 (± 17,6) anos e 100% apresentavam doença pré-existente, sendo a média de comorbidades por paciente de 2,9. Das comorbidades descritas nos prontuários, as doenças cardiovasculares eram as mais comuns, seguida da Diabetes Mellitus (DM). Quanto aos medicamentos prescritos, 13 foram identificados em 50% ou mais das
prescrições, tendo suas possíveis interações fármaco/fármaco e gravidade levantadas por meio da base de dados Micromedex. A fentanila, medicamento de maior prevalência nas prescrições, apresentou o maior número de possíveis interações classificadas como de gravidade importante, seguida do midazolan que, por sua vez, apresentou o maior percentual de possíveis interações classificadas como contra-indicação. As interações farmacocinéticas se revelaram a mais prevalente (73,8%). De posse do perfil dos pacientes acometidos por COVID-19 internados em UTI e conhecedores dos riscos quanto à interação associada aos medicamentes frequentemente prescritos no tratamento dos mesmos, é possível traçar estratégias para melhor estruturar o serviço de saúde visando a qualidade e
segurança no tratamento.
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Copyright (c) 2022 Adriano Gomes Monteiro, Virginia Freitas Rodrigues

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