Metilfenidato:

avaliação do manejo farmacológico em crianças atendidas em um Centro de Saúde Escola de Campos dos Goytacazes/RJ, Brasil

Autores

  • Karina Gioffi Rangel
  • Mariana Alvarenga da Silva Azevedo
  • Laura de Souza Botelho Machado
  • Carlos Eduardo Faria Ferreira Faculdade de Medicina de Campos (FMC)

DOI:

https://doi.org/10.29184/anaisscfmc.v22023p33

Palavras-chave:

Adesão à Medicação, Eficácia, Metilfenidato, TDAH

Resumo

Introdução: O cloridrato de metilfenidato é um fármaco muito utilizado no tratamento do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Apresenta ação estimulante no sistema nervoso central causando a liberação de dopamina e noradrenalina. O metilfenidato está disponível em diferentes apresentações comerciais, a Ritalina, RitalinaLA, Concerta e na forma de genéricos. Objetivos: A pesquisa tem como finalidade avaliar a eficácia clínica, variações nas respostas entre as formulações, efeitos adversos e razões que interferem na adesão ao tratamento com metilfenidato. Métodos: Realizou-se um estudo observacional transversal por meio de entrevistas utilizando formulário específico, análise de prontuários e acompanhamento das consultas junto à equipe multidisciplinar. Resultados e discussão: Foram analisados 196 pacientes sendo 25 usuários de metilfenidato para tratamento do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Destes incluídos no estudo, 13 são do sexo feminino e 12 do masculino. As reações adversas foram observadas em 8 pacientes em uso da medicação, 4 tiveram relatos de agitação psicomotora, 3 apresentaram vertigem e 1 taquicardia. Dentre os pacientes analisados, 18 referiram dificuldade na obtenção do medicamento no serviço público. A média da idade dos pacientes em uso de metilfenidato é 11 anos e 2 meses. Os critérios de exclusão do estudo incluem diagnóstico não confirmado de TDAH e crianças não pertencentes à faixa etária estabelecida. Os pacientes analisados obtiveram resposta satisfatória à terapia medicamentosa com metilfenidato até o momento. Entretanto, neste estudo, 32% manifestaram efeitos colaterais da medicação. Houve um significativo impasse na obtenção do medicamento na rede pública, representado por 72% da população analisada, o que prejudica a adesão ao tratamento. Conclusão: O estudo permite a observação de melhora significativa dos sintomas do TDAH com uso de metilfenidato, apesar das dificuldades enfrentadas pelos pacientes e familiares na continuidade do tratamento.

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Publicado

2023-11-11

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