As plantas medicinais no centro do diálogo entre conhecimento científico e conhecimento popular

Autores

  • Matheus Tavares Gomes Rodrigues
  • Caio Esteves Moreira Benjamin Possati
  • Maykson Dias Reis
  • Sara Ferreira Barbosa Rodrigues
  • Carlos Eduardo Faria Ferreira Faculdade de Medicina de Campos (FMC)
  • Maycon Bruno de Almeida Faculdade de Medicina de Campos (FMC)

DOI:

https://doi.org/10.29184/anaisscfmc.v22023p6

Palavras-chave:

Plantas medicinais, Idoso, Intercâmbio de conhecimentos

Resumo

As plantas medicinais são um reservatório de compostos ativos cujas propriedades terapêuticas têm sido descritos e utilizados para o tratamento de diferentes patologias. Corroborado pelo vasto conhecimento popular, o conhecimento científico tem se utilizado da etnobotânica em povos tradicionais e da população idosa para triagem assertiva no desenvolvimento de novos fármacos. Nesse contexto, faz parte do escopo de atuação deste projeto a implementação de um canteiro de plantas medicinais nas dependências do Centro de Saúde Escola de Custodópolis (CSEC) para desenvolvimento de projetos de pesquisa-ensino-extensão concatenando práticas simbióticas de trocas de experiências entre alunos, professores, profissionais de saúde e idosos integrantes do grupo de Terceira Idade do CSEC. Em seu terceiro ano de edição, o projeto fortalece a Horta Medicinal outrora implementada com a atualização de mais 20 espécies de plantas medicinais em cultivo, totalizando atuais 54 espécies cujas monografias elaboradas descrevem suas indicações terapêuticas. Tendo em vista o viés ambiental do projeto, aproximadamente 320 pneus velhos já foram reutilizados na confecção dos canteiros, evitando o descarte irregular no meio ambiente. A presente fase do projeto estabeleceu entre suas ações as Oficinas Terapêuticas, as quais se fundamentaram na realização de encontros temáticos com os idosos assistidos pelo CSEC. O projeto organizou oficinas quinzenais nas quais foram discutidos temas relacionados ao uso racional de plantas medicinais, riscos e benefícios, técnicas de preparo de chás, fitoterapia e aromaterapia, além de discussões quanto ao uso de plantas medicinais específicas, como guaco (Mikania glomerata), ora-pro-nobis (Pereskia aculeata), saião (Kalonchoe brasiliensis) e Babosa (Aloe vera). As oficinas representam um momento de troca de experiências e saberes entre o conhecimento científico levantado pelos alunos na literatura científica e o conhecimento popular apresentado pelos idosos. Nesse período o projeto recebeu a visita de diferentes públicos, tais como: estudantes, membros do Educandário dos Cegos de Campos, comunidade local, professores universitários e políticos. Os alunos envolvidos no projeto receberam treinamento para montagem das exsicatas para o devido depósito das espécies no Banco de Plantas. O próximo desafio do projeto é a propagação de mudas para distribuição para a população.

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Publicado

2023-11-11

Edição

Seção

Trabalhos originados de projetos de extensão

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