Análise das intervenções farmacêuticas na atividade de validação da prescrição médica em Unidade de Terapia Intensiva

Autores

  • Juliana da Silva Junqueira Faculdade de Medicina de Campos – FMC, Campos dos Goytacazes, RJ- Brasil
  • Alessandra Lobo da Silva Rosa Faculdade de Medicina de Campos – FMC, Campos dos Goytacazes, RJ- Brasil
  • Maycon Bruno de Almeida Faculdade de Medicina de Campos – FMC, Campos dos Goytacazes, RJ- Brasil

DOI:

https://doi.org/10.29184/anaisscfmc.v32024p29

Palavras-chave:

Prescrição médica, Interações medicamentosas, Segurança do paciente

Resumo

Problemas relacionados a medicamentos (PRM) são eventos que interferem no processo de tratamento, podendo levar a resultados indesejáveis. Estes problemas podem manifestar-se através de discrepâncias, falta de adesão e polifarmácia, o que pode levar ao aumento do tempo de internação, dos custos hospitalares e dos efeitos adversos. Nesse contexto, a validação das prescrições realizada pelo farmacêutico é uma etapa crucial para garantir a segurança do paciente e o uso adequado dos medicamentos. Este trabalho tem como objetivo identificar e descrever as intervenções farmacêuticas realizadas durante o processo de validação de prescrições médicas na Unidade de Terapia Intensiva em um hospital privado do município de Campos dos Goytacazes. Trata-se de um estudo transversal, observacional, estruturado a partir da avaliação de 7069 validações de prescrições médicas e análise de 149 intervenções propostas pela equipe de farmacêuticos do hospital. As análises se deram no período de abril a outubro de 2023, sendo avaliados também os desfechos das intervenções durante avaliação multiprofissional como forma de avaliar o impacto desse serviço para a segurança do paciente. Os dados foram tabulados para determinação das frequências absoluta e relativa das variáveis. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Medicina de Campos de acordo com o parecer nº 6.425.737. Dentre as 149 intervenções farmacêuticas realizadas, 11 foram classificadas como interação medicamentosa, 28 como incompatibilidade de administração por via Y, 21 como incompatibilidade de administração por sonda enteral, 4 como interação fármaco-nutriente e 39 como contagem divergente dos dias de tratamento com antibióticos, onde 100 intervenções foram acatadas pelos prescritores e 49 não foram. A análise das discrepâncias encontradas nos permite afirmar a importância do acompanhamento farmacoterapêutico e também é possível observar que a atuação do farmacêutico na equipe multidisciplinar de unidades de terapia intensiva é fundamental para melhorar o acesso e a segurança aos medicamentos, reduzir tempo de internação e, consequentemente, reduzir os custos.

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Publicado

2024-10-17

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