Diluição de antibióticos na pediatria de um hospital público:
contribuições da orientação farmacêutica para profissionais de saúde
DOI:
https://doi.org/10.29184/anaisscfmc.v32024p47Palavras-chave:
Antibióticos, Diluição, Pediatria, FarmacêuticoResumo
Os antibióticos são uma das classes farmacológicas mais utilizadas nas enfermarias de clínica pediátrica de unidades hospitalares, sendo também a com maiores implicações na ocorrência de Problemas Relacionados a Medicamentos (PRM) em crianças hospitalizadas, comprometendo especialmente a eficácia do tratamento e a segurança do paciente. O objetivo do presente artigo foi identificar as principais dúvidas e dificuldades dos profissionais responsáveis pela diluição de antibióticos no setor de clínica pediátrica de um hospital público do município de Campos dos Goytacazes, RJ, e como a orientação farmacêutica contribui para a realização desse procedimento. O estudo ocorreu mediante aplicação de questionário à equipe de enfermagem responsável pela diluição de medicamentos da unidade hospitalar em questão e se iniciou após submissão e aprovação do comitê de ética em pesquisa da Faculdade de Medicina de Campos com o parecer de número: 6.703.464. Foram abordados os 9 profissionais da equipe, 7 deles aceitaram participar da pesquisa e assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido. Os resultados revelaram que uma das principais dúvidas apontadas pelos profissionais atuantes no processo de diluição de antibióticos no setor de pediatria foi a estabilidade dos fármacos após a diluição, sendo esta informação fundamental para garantir o armazenamento adequado do medicamento e seu uso na preparação de múltiplas doses, situação comum na rotina pediátrica. Com relação à orientação farmacêutica, afirma-se a necessidade de promoção a educação continuada em saúde e a capacitação dos profissionais que realizam o processo de diluição (em maioria técnicos e auxiliares de enfermagem) por meio de: intervenções farmacêuticas na análise da prescrição, garantia da segurança do tratamento medicamentoso, avaliação das possíveis interações medicamentosas e incompatibilidades, promoção da farmacovigilância, suporte e orientação aos familiares e acompanhantes da criança, organização de treinamentos, emissão de tabelas de diluição de fármacos, manuais e guias farmacoterapêuticos e padronização de prescrições médicas. Assim, evidencia-se a importância do suporte e orientação do farmacêutico para além da dispensação de medicamentos no balcão da farmácia hospitalar, sendo este profissional essencial na garantia da segurança e na eficácia da farmacoterapia.
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