Conhecimento e comportamento para prevenção da COVID-19:
usando mídias sociais para interação e construção de significados
DOI:
https://doi.org/10.29184/anaisscfmc.v22023p2Palavras-chave:
COVID-19, Prevenção, Mídias Sociais, Educação em SaúdeResumo
Durante a pandemia de COVID-19 e no pós-pandemia, as redes sociais desempenharam um papel crucial como fonte de informações para disseminar dados confiáveis sobre a doença e educar a população em geral. No entanto, essas redes sociais também podem ser espaços propensos à desinforma- ção e à disseminação de fake news, fenômeno frequente na pandemia, o que pode causar confusão e impactar negativamente a saúde pública. Logo, é fundamental que haja um esforço conjunto para incentivar a divulgação de informações baseadas em evidências científicas nas redes sociais. O objetivo da presente proposta é promover a Educação em Saúde por meio de estratégias de divulgação científica sobre autocuidado e prevenção para COVID-19 no Instagram e Facebook e verificar se as informações contribuíram para a prática desses usuários. Durante o ano de 2022, até junho de 2023 foram publicados 180 posts nas redes sociais, do projeto @fmcsaude_arte, com informações sobre a doença e sua prevenção. De 26.04 a 12.06.23 um questionário foi disponibilizado no link da biografia do Instagram, Facebook e Whatsapp, sendo respondido por 395 pessoas. Dos respondentes, a prevalência é do gênero feminino, brancos, católicos, solteiros e com ensino superior. As redes sociais mais utilizadas são Whatsapp, seguido do Instagram e Facebook. Quanto ao conhecimento sobre a COVID-19, quase todos afirmam que é um vírus, transmitido pelo ar e pelas superfícies, sendo os sintomas perda do paladar, do olfato, falta de ar, febre, tosse e dores no corpo. A prevenção é realizada pela lavagem das mãos e uso de álcool em gel, máscara e vacinação. A máscara deve ser utilizada quando se está com algum sintoma, em ambientes como hospitais e clínicas, locais públicos e na presença de pessoas com suspeita da doença. Dentre os respondentes, 99% tomaram vacina para a COVID-19 e 93% a dose de reforço, sendo 40%, 4 doses e 38%, 3 doses. Os que não tomaram a vacina ou o refor- ço, justificam a atitude como “vacina ainda experimental”, “não existe vacina”, “não serei cobaia” e “não é necessário”. A principal fonte de informação para COVID-19 é o Instagram, sendo que cerca da metade não faz compartilhamento desses dados. A verificação das informações lidas é realizada, mas consideram a existência de fake news. As imagens do perfil do Instagram @fmcsaude_arte foram consideradas claras e de fácil compreensão, contribuindo para o autocuidado na proteção e prevenção da COVID-19. A adesão de participantes para o questionário foi difícil, sendo necessário a promoção de impulsionamento dos posts, além de convites em diferentes grupos nas mídias sociais. Verificou-se que a maioria dos respondentes têm conhecimento sobre a doença e suas formas de prevenção. No entanto, a prevenção com a vacinação é ainda preocupante, pois menos da metade não completou o esquema vacinal. O não compartilhamento de informações nas redes sociais deve ser considerado como um dado importante para ações de Educação em Saúde em mídias sociais, já que as pessoas as recebem, mas não repassam para outros. Observou-se ainda que as redes sociais, principalmente Whatsapp e Instagram, são os principais meios utilizados para obtenção de informações e atualização sobre a COVID-19. O conhecimento sobre a doença e sua prevenção está bem estabelecido para esses indivíduos, mas é preciso manter canais de informação de forma constante e atualizada para que essas medidas sejam praticadas pela população, evitando assim o retorno da epidemia.
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