Perfil clínico e sobrevida dos pacientes com neoplasias malignas gastrointestinais do Hospital Escola Álvaro Alvim

Autores

  • Igor Pereira FMC
  • Júlia Pizelli FMC
  • Lara Salim FMC
  • José de Assis Silva Júnior
  • Lara Vianna de Barros Lemos
  • Luisa Aguirre Buexm

DOI:

https://doi.org/10.29184/anaisscfmc.v12022p10

Palavras-chave:

Patologia, Oncologia, Neoplasias Gastrointestinais, Coleta de Dados, Sobrevida

Resumo

Introdução: Anualmente mais de 18,1 milhões de pessoas no mundo são diagnosticadas com câncer, sendo que mais da metade morrem vítimas dessa doença. Sabe-se que 50% dos casos no Brasil são diagnosticados em fases avançadas e 70% estão relacionados a fatores ambientes e poderiam ser evitados com uma mudança no estilo de vida. No que tange a mortalidade, as neoplasias malignas gastrointestinais estão entre as maiores causadoras de morte. Objetivo: Esse trabalho visa analisar o perfil clínico e sobrevida de pacientes com neoplasias malignas gastrointestinais tratados no Hospital Escola Álvaro Alvim, durante cinco anos. Métodos: Estudo observacional, retrospectivo e descritivo, realizado no setor de oncologia do Hospital Escola Álvaro Alvim (HEAA), com análise secundária e anônima de prontuários médicos de 675 pacientes com neoplasias malignas de gastrointestinais entre de 01 de janeiro de 2012 a 31 de dezembro de 2016, e aprovado pelo Comitê de Ética. Foram incluídos os maiores de 18 anos diagnosticados com neoplasia maligna gastrointestinais confirmado por exame histopatológico no HEAA, e excluídos os menores de 18 anos com exame negativo para essas neoplasias. e que, portanto, não são acompanhados no hospital. As análises das variáveis sociodemográficas e clínico-patológicas foram realizadas através de proporções e médias, utilizando gráficos e tabelas, com auxílio de programa estatístico. Resultados e Discussão: Do total de 675 pacientes, 25,8% apresentavam tumores localizados na região gástrica e 74,2% na região intestinal. Homens (52,7%), brancos (31,1%), casados (49,6%), com 60 anos ou mais (54,2%), procedentes de Campos dos Goytacazes (71,7%), com histórico de câncer familiar (24,6%), sem hábitos, como tabagismo (36,3%) e etilismo (36,1%), com tumores classificados histopatologicamente como adenocarcinoma (68,9%), em estadiamento clínico avançado (42,2%), submetidos a tratamento cirúrgico primário (37,5%), que não apresentavam metástase (85,6%), nem progressão da doença (61%) e que não vieram a óbito (32%) foram os mais acometidos pelas neoplasias malignas de gastrointestinais. Foram observadas associações entre estadiamento avançado e tipo histopatológico adenocarcinoma (p=0,024), tratamento quimioterápico (p=0,010) e óbito (p?0,0001). Já as neoplasias intestinais foram associadas ao sexo feminino (p?0,0001), não tabagismo (p=0,002) e não etilismo (p=0,001). A sobrevida global (SG) média da população do estudo foi de 36,2 meses. Pacientes do sexo masculino (p=0,014), com câncer gástrico (p?0,0001), em estadiamento clínico IV (p?0,0001), com metástase ao diagnóstico (p?0,0001) apresentaram uma pior SG. Conclusões: As neoplasias malignas de gastrointestinais apresentam uma incidência elevada na população do Norte Fluminense. O câncer intestinal foi a neoplasia maligna de maior incidência, seguida do câncer gástrico, corroborando com os dados da literatura. Este levantamento epidemiológico contribui para traçar um perfil clínico, estratificando os grupos de risco e auxilia na prevenção, detecção precoce e tratamento para as neoplasias malignas gastrointestinais.

Biografia do Autor

Igor Pereira, FMC

Discente do Curso de Medicina da Faculdade de Medicina de Campos

Júlia Pizelli, FMC

Discente do Curso de Medicina da Faculdade de Medicina de Campos

Lara Salim, FMC

Discente do Curso de Medicina da Faculdade de Medicina de Campos

José de Assis Silva Júnior

Doutor em Patologia pela Universidade Federal Fluminense

Docente de Patologia Geral da Faculdade de Medicina de Campos

Lara Vianna de Barros Lemos

Doutora em Gastroenterologia pela Universidade Federal de São Paulo

Docente de Clínica Médica da Faculdade de Medicina de Campos

Luisa Aguirre Buexm

Doutora em Oncologia pelo Instituto Nacional de Câncer

Docente de Patologia Geral e de Anatomia Patológica da Faculdade de Medicina de Campos

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Publicado

2022-12-22