Perfil clínico e sobrevida dos pacientes com neoplasias malignas gastrointestinais do Hospital Escola Álvaro Alvim
DOI:
https://doi.org/10.29184/anaisscfmc.v12022p10Palavras-chave:
Patologia, Oncologia, Neoplasias Gastrointestinais, Coleta de Dados, SobrevidaResumo
Introdução: Anualmente mais de 18,1 milhões de pessoas no mundo são diagnosticadas com câncer, sendo que mais da metade morrem vítimas dessa doença. Sabe-se que 50% dos casos no Brasil são diagnosticados em fases avançadas e 70% estão relacionados a fatores ambientes e poderiam ser evitados com uma mudança no estilo de vida. No que tange a mortalidade, as neoplasias malignas gastrointestinais estão entre as maiores causadoras de morte. Objetivo: Esse trabalho visa analisar o perfil clínico e sobrevida de pacientes com neoplasias malignas gastrointestinais tratados no Hospital Escola Álvaro Alvim, durante cinco anos. Métodos: Estudo observacional, retrospectivo e descritivo, realizado no setor de oncologia do Hospital Escola Álvaro Alvim (HEAA), com análise secundária e anônima de prontuários médicos de 675 pacientes com neoplasias malignas de gastrointestinais entre de 01 de janeiro de 2012 a 31 de dezembro de 2016, e aprovado pelo Comitê de Ética. Foram incluídos os maiores de 18 anos diagnosticados com neoplasia maligna gastrointestinais confirmado por exame histopatológico no HEAA, e excluídos os menores de 18 anos com exame negativo para essas neoplasias. e que, portanto, não são acompanhados no hospital. As análises das variáveis sociodemográficas e clínico-patológicas foram realizadas através de proporções e médias, utilizando gráficos e tabelas, com auxílio de programa estatístico. Resultados e Discussão: Do total de 675 pacientes, 25,8% apresentavam tumores localizados na região gástrica e 74,2% na região intestinal. Homens (52,7%), brancos (31,1%), casados (49,6%), com 60 anos ou mais (54,2%), procedentes de Campos dos Goytacazes (71,7%), com histórico de câncer familiar (24,6%), sem hábitos, como tabagismo (36,3%) e etilismo (36,1%), com tumores classificados histopatologicamente como adenocarcinoma (68,9%), em estadiamento clínico avançado (42,2%), submetidos a tratamento cirúrgico primário (37,5%), que não apresentavam metástase (85,6%), nem progressão da doença (61%) e que não vieram a óbito (32%) foram os mais acometidos pelas neoplasias malignas de gastrointestinais. Foram observadas associações entre estadiamento avançado e tipo histopatológico adenocarcinoma (p=0,024), tratamento quimioterápico (p=0,010) e óbito (p?0,0001). Já as neoplasias intestinais foram associadas ao sexo feminino (p?0,0001), não tabagismo (p=0,002) e não etilismo (p=0,001). A sobrevida global (SG) média da população do estudo foi de 36,2 meses. Pacientes do sexo masculino (p=0,014), com câncer gástrico (p?0,0001), em estadiamento clínico IV (p?0,0001), com metástase ao diagnóstico (p?0,0001) apresentaram uma pior SG. Conclusões: As neoplasias malignas de gastrointestinais apresentam uma incidência elevada na população do Norte Fluminense. O câncer intestinal foi a neoplasia maligna de maior incidência, seguida do câncer gástrico, corroborando com os dados da literatura. Este levantamento epidemiológico contribui para traçar um perfil clínico, estratificando os grupos de risco e auxilia na prevenção, detecção precoce e tratamento para as neoplasias malignas gastrointestinais.
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