Análise clínico-patológica dos pacientes com neoplasias malignas pulmonares diagnosticados no Hospital Escola Álvaro Alvim
DOI:
https://doi.org/10.29184/anaisscfmc.v22023p15Palavras-chave:
Patologia, Oncologia, Coleta de Dados, Tabagismo, Neoplasias PulmonaresResumo
Introdução: As neoplasias malignas pulmonares apresentam alta incidência na população mundial, representando um problema de saúde pública. No Brasil, é a primeira causa de morte de causa neoplásica no sexo masculino e a segunda no sexo feminino. O número estimado de casos novos deste câncer para cada ano do triênio de 2023 a 2025 no Brasil é de 32.560 casos, correspondendo ao risco estimado de 15,06 casos por 100 mil habitantes, sendo 18.020 casos entre os homens e 14.540 casos entre as mulheres. Apesar de apresentar etiologia multifatorial cerca de 85% dos casos estão associados à exposição ao tabaco. Objetivo: Analisar o perfil clínico-patológico dos pacientes com neoplasias malignas pulmonares, tratados no Hospital Escola Álvaro Alvim, durante cinco anos. Mé- todos: Estudo longitudinal, observacional e retrospectivo, realizado no setor de oncologia do Hospital Escola Álvaro Alvim (HEAA), com análise secundária e anônima de prontuários médicos de pacientes com neoplasias malignas pulmonares entre de 01 de janeiro de 2013 a 31 de dezembro de 2017, e aprovado pelo Comitê de Ética sob nº 5.409.192. Foram incluídos neste estudo os pacientes que realizaram o teste histopatológico realizado no HEAA e possuíram confirmação neoplásica em seu diagnóstico. Os critérios de exclusão, portanto, envolvem os pacientes que não obtiveram resultados positivos no teste histopatológico. As variáveis de exposição analisadas são, por exemplo, uso do tabaco, álcool, idade, histórico familiar e localização geográfica. As análises das variáveis sociodemográficas e clinicopatológicas foram realizadas através de proporções e médias, utilizando gráficos e tabelas com auxílio de programa estatístico. Resultados e Discussão: Um total de 126 pacientes que atenderam aos critérios de inclusão foi selecionado, onde até o momento foram coletadas as informações de 48 pacientes. Destes predominaram homens (56%), casados (54%), procedentes de Campos dos Goytacazes (41%), com idade mínima de 30 anos, a máxima de 86 anos e a média de 62 anos, tabagistas (64%), com tumores classificados histopatologicamente como carcinoma (58,3%), tratados com quimioterapia (54,2%), que não apresentavam metástase (75%) e que não vieram a óbito (68,7%). Conclusões: A maioria dos pacientes diagnosticados com neoplasias malignas pulmonares eram tabagistas ativos ou ex-tabagistas. Os tumores classificados histopatologicamente como carcinoma foi o tipo de maior incidência, seguida do adenocarcinoma. Este levantamento epidemiológico contribui para traçar um perfil clínico, estratificando os grupos de risco e auxiliam na prevenção, detecção precoce e tratamento para as neoplasias pulmonares, evidenciando a importância da política de cessação do tabaco.
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