Perfil sociodemográfico e clínico-patológico de mulheres diagnosticadas com câncer do sistema reprodutor feminino no Hospital Escola Álvaro Alvim
DOI:
https://doi.org/10.29184/anaisscfmc.v22023p14Palavras-chave:
Epidemiologia, Oncologia, Patologia, Coleta de DadosResumo
Introdução: Anualmente mais de 12,7 milhões de pessoas no mundo são diagnosticadas com câncer, sendo que mais da metade morre vítima dessa doença, que em sua maioria é de difícil tratamento e cura. A estimativa para o triênio 2023-2025 é que as neoplasias malignas relacionadas ao aparelho reprodutor feminino, somem mais de 40% dos novos casos de câncer entre as mulheres no Brasil, o que reitera a importância de conhecer a distribuição da incidência de tais casos, para melhor prevenção e promoção da saúde. Objetivo: Analisar o perfil sociodemográfico e clínico-patológico das pacientes diagnosticadas com cânceres do sistema reprodutor feminino no Hospital Escola Álvaro Alvim (HEAA), num período de oito anos. Métodos: Estudo longitudinal, observacional e retrospectivo do setor de oncologia do HEAA, com análise secundária e anônima de prontuários médicos de 1252 pacientes diagnosticadas com as neoplasias malignas supracitadas, entre 01 de janeiro de 2010 a 31 de dezembro de 2017. Aprovado pelo Comitê de Ética sob nº 5.409.192. Incluímos no presente estudo pacientes maiores de 18 anos, com diagnóstico confirmado por exame histopatológico no HEAA, de forma que foram excluídas aquelas pacientes que não atendiam os critérios acima, e que, portanto, não são acompanhadas no hospital. As análises estatísticas das variáveis sociodemográficas, clínico- -patológicas e de tratamento foram realizadas através de proporções e médias, utilizando gráficos e tabelas com auxílio de programa estatístico. Resultados e discussão: Um total de 1252 prontuários foram coletados, destes mama (72%), colo de útero (22,9%), corpo de útero (0,5%) e ovários (4,6%) foram as localizações observadas. Neste momento iremos apresentar os resultados referentes aos cânceres de colo de útero (82%), corpo de útero (1,4%) e ovários (16,6%) (n=350). Mulheres brancas (47,4%), solteiras (39,1%), com idade entre 41 e 60 anos (44%), procedentes de Campos dos Goytacazes (70,9%), sem histórico de câncer na família (18,3%), não tabagistas (32%) e não etilistas (34,9%), com tumores classificados histopatologicamente como carcinoma no colo de útero (69,4%) e adenocarcinoma no corpo de útero (1,1%) e ovários (6,6%), em estadiamento clínico III no colo de útero (33,3%) e I no corpo de útero (1,2%) e ovários (6,5%), tratadas cirurgicamente (39,7%), que não apresentavam metástase (92,6%) e que não vieram a óbito (38,3%) pela doença foram os mais acometidas pelas neoplasias malignas relacionadas ao aparelho reprodutor feminino. Conclusões: Indiscutivelmente, mama e colo uterino se mostraram, respectivamente, as duas localizações mais frequentes dentre os sítios analisados, o que ratifica suas posições nas estatísticas nacionais de incidência. Ademais, na população analisada, de Campos dos Goytacazes, os ovários apresentaram uma incidência consideravelmente maior de tumores malignos em relação ao corpo uterino, o que diferencia a população analisada das estatísticas nacionais.
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