Utilização do partograma e o conhecimento desse instrumento pelos profissionais da assistência obstétrica
DOI:
https://doi.org/10.29184/anaisscfmc.v22023p19Palavras-chave:
Obstetrícia, Trabalho de parto, Sistema Único de SaúdeResumo
Introdução: O partograma é uma ferramenta utilizada na assistência obstétrica, de preenchimento obrigatório pelo Ministério da Saúde. Sua principal função é a monitorização do trabalho de parto através de uma representação gráfica e visual dos dados clínicos fundamentais, como a dilatação cervical e a descida da apresentação em relação ao tempo. Embora tenha na assistência uma grande relevância materna e fetal, grande parte dos profissionais não utilizam o partograma. Objetivos: O presente estudo visa esclarecer informações correspondentes a utilização e o conhecimento do partograma pelos profissionais da assistência obstétrica no Hospital na cidade de Campos dos Goytacazes. Métodos: Esse é um estudo do tipo transversal analítico. Realizado durante o primeiro semestre de 2023, através de um questionário abordando a frequência da utilização do partograma, seu conhecimento e a influência no desfecho do parto. Foram incluídos na pesquisa, médicos e enfermeiros que fazem parte do corpo clínico da maternidade vinculados ao Sistema Único de Saúde e excluí- dos aqueles não pertencentes a esse grupo.CAAE 66217822.2.0000.5244. Resultados: Dentre os 34 profissionais obstétricos entrevistados, 88,2% são médicos e 11,8% são enfermeiros. Apenas 38,2% utilizam o partograma, sendo o modelo de Friedman o de eleição. Responderam que têm ciência sobre o preenchimento obrigatório desse instrumento 97,1% e que o partograma é um instrumento de assistência, pesquisa e defesa do profissional envolvido no processo de parturição 94,1%. Metade dos profissionais referem abrir o partograma 1h após o início do trabalho de parto, outros 50% abrem em qualquer outro momento. 50% dos entrevistados acham que o partograma permite a diminuição de intervenções desnecessárias e contribui para melhores desfechos obstétricos, porém sugeriram algumas modificações. Discussão: Diante dos resultados, observa-se que parte significativa dos profissionais possuem o conhecimento de que o partograma é recomendado pelo Ministério da Saúde, entretanto não utilizam o mesmo, por preferirem a anotação descritiva dos dados obstétricos. Metade dos profissionais informam a abertura em outro momento, sendo 46,2% no período de fase ativa do parto e apenas 23,1% abrem o partograma no momento da admissão da paciente. Ao serem questionados sobre possíveis modificações do partograma de Friedman, relataram falta de espaço para local de registro da pressão arterial, desaceleração dos batimentos cardíacos fetais e um espaço para melhor caracterização da atividade uterina. Conclusão: Conclui-se que é de suma importância a intensifica- ção do uso do partograma, visto que uma grande parcela relatou que o seu uso influencia no desfecho da saúde do binômio materno fetal.
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Copyright (c) 2023 Sophia Camara Jacyntho, Ana Laura Campos Venturinelli Martins, Ana Luiza de Oliveira Marins, Luiz Felipe Rabello e Silva

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