Variação anatômica do nervo isquiático tipo A em cadáver no laboratório de anatomia
DOI:
https://doi.org/10.29184/anaisscfmc.v32024p58Palavras-chave:
Nervo Isquiático, Variação Anatômica Tipo A, Dissecção, Implicações ClínicasResumo
O músculo piriforme e o nervo isquiático possuem uma estreita relação anatômica, uma vez que, em seu trajeto normal, o nervo passa abaixo desse músculo. O nervo isquiático, ou ciático, corresponde ao maior nervo do corpo humano, tendo origem na região lombossacral. Já o músculo piriforme é plano e se localiza profundamente na região glútea. Devido ao trajeto e relação de proximidade com o músculo piriforme, qualquer alteração anatômica pode resultar em dor no nervo isquiático. Isso ocorre devido à compressões ou pinçamento do nervo pelo músculo. Essas alterações podem ser de origem anatômica ou fisiológica. A passagem do nervo isquiático pelo músculo costuma ser num feixe único, saindo da pelve em direção ao membro inferior. Sua inserção habitualmente ocorre na fossa poplítea, região na qual o nervo isquiático se divide em: tibial e fibular comum. O objetivo deste estudo é documentar e analisar essa variação, destacando suas implicações clínicas e a importância do conhecimento detalhado dessas variações para a prática médica e a educação anatômica. Foi realizada uma dissecção pelos monitores de anatomia no laboratório multidisciplinar de anatomia Professor Maurício Moscovici da Faculdade de Medicina de Campos, em Campos dos Goytacazes. Esse trabalho foi submetido ao CEP para apreciação ética sob número de CAAE 81269724.7.0000.5244. Observou-se que o nervo isquiático se dividia precocemente em ramos tibial e fibular comum antes de sair da pelve, uma característica da variação tipo A. Dados da literatura indicam que essa variação ocorre em aproximadamente 76,2% dos casos, ressaltando sua relevância clínica. Essa configuração pode aumentar o risco de compressões e lesões nervosas durante procedimentos cirúrgicos, por exemplo, artroplastia total do quadril, cirurgias de correção de fraturas pélvicas, liberação do músculo piriforme, cirurgias de reparo de hérnias lombares e procedimentos de descompressão nervosa. O reconhecimento dessa variação é essencial para evitar complicações iatrogênicas e aprimorar abordagens terapêuticas, especialmente em intervenções na região glútea. Finalizando, acredita-se que a execução desse trabalho trouxe contribuições ao assunto em questão, seja através da confirmação de dados anteriormente descritos, seja através do acréscimo de novas observações, visando o conhecimento anátomo-clínico da região glútea.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Luis Fernando Lemos Aguiar da Silva, Maria Eduarda de Almeida Barreto, Murilo Cardoso Sales, Marlana Ribeiro Monteiro, Mairkon Almeida Soares

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Os autores do manuscrito submetido aos Anais da Semana Científica da Faculdade de Medicina de Campos, representados aqui pelo autor correspondente, concordam com os seguintes termos:
Os autores mantêm os direitos autorais e concedem sem ônus financeiro aos Anais da Semana Científica da Faculdade de Medicina de Campos o direito de primeira publicação.
Simultaneamente o trabalho está licenciado sob a Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0), que permite copiar e redistribuir os trabalhos por qualquer meio ou formato, e também para, tendo como base o seu conteúdo, reutilizar, transformar ou criar, com propósitos legais, até comerciais, desde que citada a fonte.
Os autores não receberão nenhuma retribuição material pelo manuscrito e a Faculdade de Medicina de Campos (FMC) irá disponibilizá-lo on-line no modo Open Access, mediante sistema próprio ou de outros bancos de dados.
Os autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada nos Anais da Semana Científica da Faculdade de Medicina de Campos (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta publicação.
Os autores têm permissão e são estimulados a divulgar e distribuir seu trabalho online na versão final (posprint) publicada pelos Anais da Semana Científica da Faculdade de Medicina de Campos em diferentes fontes de informação (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer tempo posterior à primeira publicação do artigo.
A Faculdade de Medicina de Campos poderá efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com o intuito de manter o padrão culto da língua, contando com a anuência final dos autores.
As opiniões emitidas no manuscrito são de exclusiva responsabilidade do(s) autor(es).