Estudo anatômico da relação do músculo piriforme com a emergência do nervo isquiático:
relato de caso
DOI:
https://doi.org/10.29184/anaisscfmc.v32024p67Palavras-chave:
Dissecção, Anatomia, Nervo Isquiático, Músculo PiriformeResumo
O músculo piriforme está localizado na região glútea, originando-se na superfície anterior do sacro e estendendo-se pelo sulco isquiático até se inserir no trocanter maior do fêmur. Este músculo é crucial para a rotação externa e abdução do quadril, podendo também atuar como extensor. A síndrome do piriforme pode resultar de trauma, excesso de peso ou hipertrofia. Uma causa relevante é a passagem anormal do nervo isquiático pelo músculo piriforme, que pode ocorrer de diversas maneiras, incluindo o nervo isquiático emergindo abaixo do músculo ou dividindo-se antes de sair, com a divisão fibular comum atravessando-o; em casos raros, a divisão fibular comum passa superiormente ao músculo, tornando-se vulnerável a lesões por injeções intramusculares na região glútea. A síndrome causa distúrbios sensitivos, motores e tróficos na região, manifestando-se principalmente como dor lombar irradiando para o membro inferior. Estudos detalhados da anatomia e variações dos músculos e nervos, com implicações clínicas, são aprimorados por meio de dissecções. Durante a monitoria em anatomia na Faculdade de Medicina de Campos dos Goytacazes, os monitores exploram cadáveres para entender marcos anatômicos e variações. Num cadáver masculino, branco, foi realizada a dissecção do glúteo esquerdo, e ela inicia-se com incisões na pele e subcutâneo, seguidas de limpeza e visualização das estruturas superficiais. Após dissecar o glúteo máximo, revelam-se o glúteo médio, piriforme, quadrado femoral, obturador interno, nervo isquiático e artéria glútea inferior. Durante a dissecção do piriforme e nervo isquiático, observa-se o nervo emergindo entre as fibras do músculo, dividindo-o em ventre superior e inferior. Esse achado corrobora com a incidência de dores na região glútea associada à passagem do nervo. Este trabalho enfatiza a importância do estudo da anatomia humana para entender variações e suas consequências clínicas, reafirmando o valor da dissecação na formação médica para aprender marcos anatômicos essenciais.
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