Análise da prevalência de neoplasia do aparelho digestivo no estado do Rio de Janeiro

Autores

  • Carlos Eduardo La Cava Pinto da Silva Faculdade de Medicina de Campos – FMC, Campos dos Goytacazes, RJ- Brasil
  • Luisa Granato Ferreira Gomes Faculdade de Medicina de Campos – FMC, Campos dos Goytacazes, RJ- Brasil
  • Micaela Albertini Pereira Gomes Faculdade de Medicina de Campos – FMC, Campos dos Goytacazes, RJ- Brasil

DOI:

https://doi.org/10.29184/anaisscfmc.v32024p19

Palavras-chave:

Câncer, Tubo digestivo, Prevenção, Saúde pública

Resumo

O câncer é um dos principais problemas de saúde pública em todo o mundo, sendo o gastrointestinal um dos mais prevalentes e letais, com um a cada três óbitos acometidos pelo câncer, que segue aumentando no decorrer dos anos e por isso merece atenção. Neoplasias do aparelho digestivo são os tumores que acometem os órgãos do aparelho digestivo. Existem vários fatores de risco para o desenvolvimento de neoplasias malignas do tubo digestivo, que incluem tabagismo, alcoolismo, hábitos alimentares pouco saudáveis, uso de certos medicamentos, exposição à radiação e fatores genéticos. Esta pesquisa se propôs a analisar a prevalência de neoplasias do aparelho digestivo em homens e mulheres do estado do Rio de Janeiro, no período de 2020 a 2023. Trata-se de um estudo transversal, descritivo, a partir da verificação de dados provenientes do Sistema de Internação Hospitalar do SUS (DATASUS) correspondentes ao registro de casos por sexo segundo faixa etária. Foi selecionado o diagnóstico detalhado das neoplasias malignas do assoalho da boca, esôfago, estômago, intestino delgado, colón, junção retossigmóide, reto, ânus e canal anal. A pesquisa mostrou que a prevalência no período de 2020 a 2023 de acordo com o sexo foi em homens com um total de 5.094 em 9.842. De acordo com a faixa etária a prevalência foi entre homens e mulheres de 60 a 64 anos com 1.715 casos. Seguido de 65 a 69 anos com 1.673 casos e em terceiro de 55 a 59 anos com 1.481 casos. A menor prevalência foi entre 0 a 19 anos com 18 casos. O estudo apresenta limitações, principalmente por ser um estudo ecológico com dados secundários. É possível analisar que no período avaliado a população masculina foi a mais acometida com 51,76% e a população feminina com 48,24%, desse modo, a dieta dos homens é rica em conservantes e sal e pobre em frutas e vegetais, o que, além da exposição ao fumo e ao álcool, aumenta a probabilidade de desenvolver câncer.  Além disso, também foi possível analisar que cidadãos a partir de 55 anos possuem uma maior prevalência devido aos hábitos que tiveram ao longo da vida e da senilidade celular, que tem mais dificuldade em combater as mutações. Com isso, pode-se ressaltar a importância de políticas de saúde pública voltadas para a prevenção e detecção precoce dessas neoplasias, por terem uma alta prevalência e letalidade.

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Publicado

2024-10-17

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