A importância do diagnóstico precoce e da orientação familiar no Autismo

Autores

  • Gabriel Henrique da Silva Faculdade de Medicina de Campos – FMC, Campos dos Goytacazes, RJ- Brasil
  • Giulia Lage Lessa de Souza Faculdade de Medicina de Campos – FMC, Campos dos Goytacazes, RJ- Brasil
  • Juliana dos Santos Silva Faculdade de Medicina de Campos – FMC, Campos dos Goytacazes, RJ- Brasil
  • Maria Lauane Ferreira Rodrigues Faculdade de Medicina de Campos – FMC, Campos dos Goytacazes, RJ- Brasil
  • Odila Maria Ferreira de Carvalho Mansur Faculdade de Medicina de Campos – FMC, Campos dos Goytacazes, RJ- Brasil

DOI:

https://doi.org/10.29184/anaisscfmc.v32024p13

Palavras-chave:

Transtorno do espectro autista, Transtornos do neurodesenvolvimento, Intervenção precoce, Orientação de pais

Resumo

O Transtorno de Espectro Autista (TEA) é um distúrbio neurobiológico, caracterizado por dificuldades no desenvolvimento de áreas fundamentais da criança, como interação social, bem como presença de comportamentos repetitivos e estereotipados. Dada a capacidade de remodelamento cerebral nos primeiros anos de vida, a intervenção precoce mostra-se uma ferramenta fundamental no tratamento, assim como a orientação da família, frente a importância do ambiente e dos cuidados  no desenvolvimento dessas crianças. Identificar sinais precoces de autismo em crianças, através do questionário Escala Modiefied Checklist for Autism in Toddlers (M-CHAT), possibilitando-se intervir precocemente e orientar a família a respeito do tratamento. Esse estudo proporcionou aos extensionistas a oportunidade de adquirir conhecimentos abrangentes sobre o autismo, incluindo a realização do rastreio e da intervenção precoce. Esse projeto não apenas teve um impacto significativo na comunidade ao promover a conscientização, mas também contribuiu para desmistificar estigmas associados ao autismo. A realização de palestras educativas com os responsáveis foi uma estratégia eficaz para fornecer informações precisas e atualizadas, promovendo uma compreensão mais profunda e empática do transtorno. O M-CHAT é um questionário utilizado como ferramenta de triagem para detectar possíveis sinais do Transtorno do Espectro Autista (TEA) em crianças com idade entre 16 e 30 meses. A entrevista é considerada como tendo um resultado positivo quando pontua no mínimo 3 itens ou dois dos itens considerados críticos (2, 5 e 12) no questionário. Se a criança pontuar positivo é recomendado que seja referenciada para avaliação com profissionais especializados em neurodesenvolvimento infantil. No entanto, é importante destacar que um resultado positivo não constitui um diagnóstico definitivo, mas sim um sinal indicativo para uma avaliação mais aprofundada. Para esse trabalho, foram analisadas 42 crianças, das quais os dados revelam que 45,24% apresentaram alto risco com pontuação total entre 8-20 pontos; 35,71% apresentaram risco moderado com pontuação total entre 3-7 pontos e 19,05% apresentaram baixo risco com pontuação total entre 0-2 pontos. Buscou-se contribuir no esclarecimento acerca do transtorno, salientando-se a importância da investigação precoce dos sinais de risco para TEA a partir do instrumento de rastreio. Desse modo, a identificação precoce possibilitou encaminhar as crianças para intervenções adequadas, no Hospital dos Plantadores de Cana, visando melhorias significativas no quadro clínico. Durante os primeiros três anos de vida, a neuroplasticidade cerebral é maior, oportunizando uma janela crucial para alcançar benefícios substanciais e duradouros no desenvolvimento neuropsicomotor infantil. Assim, são maximizadas as oportunidades de progresso, com impactos positivos de longo prazo na qualidade de vida e na funcionalidade geral da criança, bem como os pais se sentiram mais acolhidos e seguros nos cuidados com seu filho, mediante as orientações fornecidas.

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Publicado

2024-10-17

Edição

Seção

Trabalhos originados de projetos de extensão

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