Importância da identificação precoce dos riscos para autismo
DOI:
https://doi.org/10.29184/anaisscfmc.v12022p4Palavras-chave:
Transtorno do Espectro Autista, Autismo, Identificação precoce, M-CHATResumo
Introdução: O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um transtorno do neuro-desenvolvimento e que pode manifestar-se precocemente, geralmente em torno de 12 a 36 meses. Esse transtorno afeta áreas relacionadas à linguagem, interação social e comunicação, principalmente. Além disso, indivíduos com TEA podem apresentar comportamentos estereotipados, interesses repetitivos e/ou restritos, dificuldade em funções executivas, dificuldade em pensamentos simbólicos e rigidez de pensamento. O desenvolvimento de TEA foi associado a fatores genéticos e muitos genes estão possivelmente envolvidos - tanto herdados quanto novos – não obstante, outras causas podem influenciar, tais como idade avançada dos progenitores, negligenciamento extremo da criança, exposição a certas medicações intrautero, nascimento pré termo e com baixo peso. Sendo assim, é causado por uma combinação de fatores genéticos e ambientais. A gravidade da apresentação é variável e embora não exista cura, quanto mais precoce a intervenção adequada, melhor o prognóstico. Isso ocorre devido a neuroplasticidade cerebral que são remodelamentos e reajustes que acontecem de forma mais intensa nos primeiros anos de vida. Objetivos: Identificar crianças de um a seis anos de idade com sinais de risco para TEA, por meio do Instrumento Escala Modified Checklist for Autism in Toddlers (M-CHAT) e encaminhamento para tratamento em casos positivos. Métodos: Aplicação do M-CHAT no ambulatório de pediatria. Resultados: Para ter risco positivo para autismo, o resultado deve apontar falha em no mínimo três itens ou em dois itens considerados críticos. Para esse trabalho, foram analisadas 29 crianças. Os resultados revelaram que, dentre as crianças avaliadas, 82,75% apresentaram risco positivo para autismo (24 crianças) e dentre essas, 83,22% apresentaram falhas em pontos críticos (21 crianças). 17,24% (5 crianças) não apresentaram falhas (incluindo as críticas); 10,34% apresentaram entre 1 e 4 falhas (3 crianças); 24,13% apresentaram entre 5 e 8 falhas (7 crianças); 37,93% apresentaram entre 9 e 13 falhas (11 crianças); 10,34% apresentaram 14 ou mais falhas (3 crianças). Ademais, 72,41% apresentaram alguma falha crítica (21 crianças) e 34,48% apresentaram 3 ou mais falhas críticas (10 crianças). Discussão: O M-CHAT é um teste de rastreio, ou seja, não é usado para diagnóstico e, sim para triagem de crianças. É preconizado pela Sociedade Brasileira de Pediatria, devendo ser aplicado nas consultas pediátricas a partir de 18 meses de idade. Os resultados superiores a três (falha em três perguntas no total) ou dois dos itens considerados críticos (2,7,9,13,14,15), após confirmação, justificam uma avaliação formal por especialistas em neurodesenvolvimento. Conclusão: Esse trabalho em questão busca colaborar com o enriquecimento acerca do Transtorno do Espectro Autista, salientando a importância da investigação precoce dos sinais para TEA via instrumentos de rastreio, como o teste do M-CHAT. Dessa forma, com o diagnóstico precoce, a criança poderá ser encaminhada para tratamento especializado e é estimulada nas áreas afetas pelo TEA. O rastreio se faz cada vez mais importante pois quanto mais novo, melhor é o prognóstico da criança.Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Paula Ney Teixeira, Júlia Moraes Ferreira , Luanna Cherene Almeida, Victoria Dias de Miranda Paula Barroso, Odila Maria Ferreira De Carvalho Mansur

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Os autores do manuscrito submetido aos Anais da Semana Científica da Faculdade de Medicina de Campos, representados aqui pelo autor correspondente, concordam com os seguintes termos:
Os autores mantêm os direitos autorais e concedem sem ônus financeiro aos Anais da Semana Científica da Faculdade de Medicina de Campos o direito de primeira publicação.
Simultaneamente o trabalho está licenciado sob a Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional (CC BY 4.0), que permite copiar e redistribuir os trabalhos por qualquer meio ou formato, e também para, tendo como base o seu conteúdo, reutilizar, transformar ou criar, com propósitos legais, até comerciais, desde que citada a fonte.
Os autores não receberão nenhuma retribuição material pelo manuscrito e a Faculdade de Medicina de Campos (FMC) irá disponibilizá-lo on-line no modo Open Access, mediante sistema próprio ou de outros bancos de dados.
Os autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada nos Anais da Semana Científica da Faculdade de Medicina de Campos (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta publicação.
Os autores têm permissão e são estimulados a divulgar e distribuir seu trabalho online na versão final (posprint) publicada pelos Anais da Semana Científica da Faculdade de Medicina de Campos em diferentes fontes de informação (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer tempo posterior à primeira publicação do artigo.
A Faculdade de Medicina de Campos poderá efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com o intuito de manter o padrão culto da língua, contando com a anuência final dos autores.
As opiniões emitidas no manuscrito são de exclusiva responsabilidade do(s) autor(es).