Orientações a pais e comunidade e rastreamento precoce de risco do autismo
DOI:
https://doi.org/10.29184/anaisscfmc.v22023p11Palavras-chave:
Transtorno do Espectro Autista, Diagnóstico Precoce, Família, Cuidado da CriançaResumo
Introdução: O transtorno do espectro autista (TEA) é um distúrbio do neurodesenvolvimento, e tem usualmente, sua manifestação na primeira infância, entre 24 e 36 meses, com uma maior prevalência no sexo masculino. Este transtorno é caracterizado por desenvolvimento atípico, manifestações comportamentais, déficits na interação social, padrões de comportamentos estereotipados. A gravidade da apresentação é variável e estudos mostram que a intervenção precoce é uma ferramenta importante para auxiliar crianças com TEA, devido a neuroplasticidade cerebral que são remodelamentos e reajustes que acontecem nos primeiros anos de vida. A família é o primeiro ambiente de socialização da criança e o contexto primário de seu cuidado, sendo portanto, os primeiros a identificarem sinais. Objetivo: Rastrear os sinais precoces do Autismo infantil em crianças de 24 a 36 meses por meio do Instrumento Escala Modified Checklist for Autism in Toddlers (M-CHAT) com intuito de encaminhar os casos suspeitos para o Ambulatório Interdisciplinar. Bem como, conhecer a experiência da família no cuidado da criança com TEA, orientar os responsáveis e discutir possibilidades de cuidado em saúde. Relato da Experiência: A aplicação do questionário M-CHAT na comunidade trouxe oportunidade para as extensionistas de adquirir conhecimentos sobre o autismo, suas características, necessidades e melhores práticas de intervenção e triagem. Além de ter impacto significativo na comunidade, desmistificando estigmas sobre o autismo por meio da palestra que foi realizada com os responsáveis. Reflexões: Para ter risco positivo, o resultado deve apontar falha em no mínimo 3 itens ou em dois itens considerados críticos (2, 5 e 12) no questionário M-CHAT. Para esse trabalho, foram analisadas 51 crianças, das quais 9,8% (5 crianças) obtiveram risco positivo para autismo. É válido ressaltar que o resultado positivo não é um diagnóstico definitivo, e sim um indicativo da necessidade de uma avaliação mais detalhada, que pode envolver uma variedade de testes e observações clínicas para confirmar o diagnóstico. Conclusão: O presente estudo se propõe a contribuir para uma melhor compreensão dos conhecimentos sobre o TEA, ressaltando a importância da detecção precoce por meio de ferramentas de triagem, como o M-CHAT. É crucial reconhecer que a detecção precoce do TEA não se limita apenas aos profissionais de saúde, mas também inclui a participação ativa dos pais. A orientação aos pais desempenha um papel fundamental nesse processo, pois eles são os principais observadores e cuidadores das crianças em seu ambiente cotidiano.
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