Análise do perfil clínico dos pacientes com dengue em Campos dos Goytacazes - RJ
DOI:
https://doi.org/10.29184/anaisscfmc.v22023p25Palavras-chave:
Dengue, Sinais e Sintomas, EpidemiologiaResumo
Introdução: A dengue é uma arbovirose transmitida pela fêmea do mosquito Aedes aegypti e possui quatro sorotipos distintos (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4). Em 2022 foram notificados 1,4 milhões de casos no Brasil, com picos registrados em períodos chuvosos. O quadro clínico cursa principalmente com febre alta, cefaleia, mialgia, dor retro-orbitária e exantema. Dentre os sinais de alarme, pode-se citar: dor abdominal intensa, hemorragias, hipotensão e hepatomegalia. A confirmação diagnóstica é laboratorial, através do isolamento do vírus ou sorologia. O tratamento consiste em reposição volêmica adequada e manejo dos sintomas. O controle do vetor é o principal método para prevenção da doença. Recentemente, uma nova vacina contra a dengue foi disponibilizada e mostra-se promissora no controle da doença. Objetivo: Detectar os sinais e sintomas predominantes entre os pacientes com diagnóstico confirmado para dengue no município de Campos dos Goytacazes (RJ) no período de janeiro a junho de 2023. Material e método: Foram analisados 907 prontuários de pacientes atendidos no município de Campos dos Goytacazes que tiveram antígeno ou sorologia reagentes para dengue. As variáveis observadas foram idade, sexo, mês em que o paciente teve a doença, sinais e sintomas e exame confirmatório, que foram contabilizados por meio do preenchimento de um formulário. Discussão e resultados: Dos 907 casos analisados, a faixa etária prevalente foi de 20-29 anos (21,9%). Pacientes do sexo feminino representaram 60,1%, enquanto o sexo masculino correspondeu a 39,9%. O pico de incidência foi no mês de março, com 26,7% dos casos, totalizando 242 casos positivos. Em relação aos sinais e sintomas, identificou-se febre (85,6%), mialgia (81,6%) e cefaleia (81,1%) como os de maior prevalência. Em seguida, pôde-se observar dor retro-orbitária (59%), náusea (45,5%), prurido (38,8%), gosto amargo (37,1%), exantema (36,1%), diarreia (24,8%), artralgia (24,4%), prostração (22,7%), vômitos (19,6%), fotofobia (12,8%); além de sintomas que indicam gravidade, mas pouco prevalentes, como dor abdominal forte (4%), gengivorragia (0,7%) e epistaxe (0,4%). Conclusão: Tendo em vista os casos positivos analisados, observou-se que os sintomas predominantes foram febre, mialgia e cefaleia. Outros sintomas como dor retro-orbitária, náuseas, prurido, gosto amargo e exantema também foram citados, em proporções menores. Além disso, notou-se que há uma prevalência do sexo feminino em detrimento do masculino. Sintomas de alarme e gravidade estiveram pouco presentes, assim como o número de internações.
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Copyright (c) 2023 Igor Menezes de Faria Pereira, Júlia de Vasconcellos Sales Pizelli, Maria Fernanda Escocard Santiago, Mariah Barreto Vieira, Mila Queiroga Ramos, Luiz José de Souza

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