Fotoproteção e câncer de pele:
análise dos pacientes internados em um hospital terciário de Campos dos Goytacazes
DOI:
https://doi.org/10.29184/anaisscfmc.v22023p13Palavras-chave:
Dermatologia, Câncer de pele, Luz solarResumo
Introdução: O câncer de pele corresponde a 33% de todos os diagnósticos de neoplasia no Brasil. O início da doença pode ocorrer por múltiplas causas, sendo a exposição solar exagerada e sem medidas protetivas um grande fator determinante para o aparecimento da neoplasia. Fatores como cor da pele, horário e tempo de exposição ao sol podem contribuir para o maior risco de desenvolvimento dessa patologia. Objetivos: Avaliar o perfil epidemiológico do câncer de pele na população de estudo, correlacionar os fatores de risco e traçar estratégias para prevenção desta neoplasia. Métodos: Estudo do tipo longitudinal e observacional que avaliou o perfil epidemiológico do câncer de pele em pacientes internados na enfermaria de um hospital terciário de Campos dos Goytacazes entre abril de 2023 à julho de 2023, através de um questionário aplicado para coleta de dados. As análises das variáveis foram realizadas através de proporções e médias, utilizando gráficos e tabelas, com auxílio de programa estatístico. Resultados e discussões: Dentre os 104 pacientes, 51,9% eram do sexo feminino. Observou-se que os fototipos 3 e 4 foram os mais prevalentes, que indicaram, respectivamente, 25% e 24% dos pacientes. 42,3% dos pacientes tinham como escolaridade ensino fundamental incompleto. Em relação à ocupação, 28% deles atuavam em atividades de serviços gerais e 22% vendedores ambulantes. 41,3% dos entrevistados afirmou que exerceu uma profissão em que ocorreu exposição ao sol. O tempo de exposição variou de 10 anos até mais do que 40 anos. 6,7% dos pacientes afirmou ter história pessoal de câncer de pele, desses, a classificação histológica mais encontrada foi o Carcinoma Basocelular (66,7%). A localização encontrada mais acometida foi o tórax (33,3%). 77,9% alegaram não ter história prévia de queimadura solar. Foi observado a presença de fotodano em 46,2% desses pacientes, sendo a melanose solar a mais prevalente. 82,7% afirmou não ter história prévia familiar de câncer de pele. 59,6% dos pacientes confirmaram não terem feito durante a vida uso de medidas de fotoproteção. Dos 40,4% que afirmaram utilizar medidas fotoprotetoras, 52,3% apontou utilizar chapéu. 74% do total de pacientes afirmou conhecer a importância da fotoproteção. Não foram observadas associações entre o sexo e a presença de câncer de pele (p=0.922628). A presença de fototipos mais baixos (1, 2 e 3) não foi associada a maior prevalência de tumor (p=0.159504) quando comparada a fototipos mais altos (4, 5 e 6). Foram verificadas associações entre a presença de medidas de fotoproteção e ausência de fotodano (p=0.001724). Não foi encontrada relevância estatística correlacionando profissões com exposição solar e surgimento de câncer de pele (p=0.657457). Conclusão: Os resultados coletados corroboram com os dados da literatura no que diz respeito à maior prevalência do câncer de pele em pacientes com fototipo baixo e que não fizeram uso de medidas de fotoproteção ao longo da vida.
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