Carcinoma de células de merkel metastático:
um relato de caso
DOI:
https://doi.org/10.29184/anaisscfmc.v22023p45Palavras-chave:
Célula de Merkel, Metástase Tumoral, Carcinoma de Célula de Merkel, Carcinoma NeuroendócrinoResumo
O carcinoma de células de Merkel (CCM) é um tumor neuroendócrino cutâneo que se origina das células responsáveis pela sensibilidade tátil, derivada de células pluripotentes epidérmicas. Desenvolve-se principalmente na pele danificada cronicamente pelo sol, aparecendo clinicamente como placa ou nódulo, cutâneo ou subcutâneo, sendo um tumor raro, agressivo, com evolução rápida e difícil tratamento, podendo precocemente causar metástase satélite. Raramente o diagnóstico é feito pela clínica sendo necessário a histopatologia e a imuno-histoquímica. Em relação a epidemiologia brasileira, sexo feminino (52,1%), branca, na sexta década de vida, o que difere dos dados internacionais. Quando comparado a homens o aumento etário influencia diretamente na incidência. O diagnóstico é feito em média aos 72 anos. Este trabalho tem como objetivo relatar um caso de CCM metastático ao diagnóstico. Foi realizada revisão de prontuário para obtenção de dados epidemiológicos e clínico patológicos. Paciente do sexo feminino, 54 anos, negra/preta, solteira, natural e procedente de Campos dos Goytacazes, com relato de familiares de aparecimento de nódulos indolores, infiltrando tecidos profundos, não ulcerados e localizados na região do glúteo esquerdo. Procurou atendimento médico devido quadro de sonolência concomitante ao aparecimento de tumoração em região frontal e parietal esquerdas. O resultado da biópsia incisional realizada em lesão da região frontal do crânio evidenciou carcinoma metastático, sendo necessária complementação com imunohistoquímica. Não foi possível realização de tratamento quimioterápico em tempo hábil pelo performance status reduzido (PS 4), tendo a paciente evoluindo para óbito. A imunohistoquímica foi compatível com Carcinoma de células de Merkel metastático. Esse relato permite destacar o papel essencial da imunohistoquímica para o diagnóstico diferencial dos tumores cutâneos, e a importância do diagnóstico precoce, conferindo assim melhor prognóstico e tratamento.
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Copyright (c) 2023 Maria Fernanda Vitória Pessanha Campos Azevedo, Bárbara Gama de Medeiros , Samara Barboza Gomes , Maria Fernanda Fernandes Duarte Costa

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